Por Lucas Agrela | O plano de expansão da rede de comida mexicana Taco Bell deve colocar o Brasil como a maior operação da empresa fora dos Estados Unidos. Só neste ano, a expectativa é abrir 15 novas lojas em shoppings, nas ruas e no modelo drive-thru, num total de R$ 36 milhões de investimentos. Para 2025, outras 20 unidades serão inauguradas. Nesse ritmo, a empresa espera alcançar a meta de 200 unidades no País até 2030. Hoje a Taco Bell tem 22 lojas próprias no Brasil e 8 franquias. No mundo, são mais de 8 mil unidades em 32 países.
Para atingir a meta de crescimento acelerado, a empresa planeja focar no modelo de franquias e em algumas lojas próprias. O plano de expansão também inclui a presença em aeroportos. O diretor-geral da rede de fast-food no Brasil, Jefferson Mariotto, diz que o avanço da marca no Brasil foi atrapalhado pela pandemia.
“O plano de expansão deveria ter sido forte em 2020, mas a covid afetou os planos. 2021 e 2022 foram anos bem desafiadores e ficamos firmes e fortes, buscando sempre evoluir. Vimos que agora é a hora de expandir para o Brasil todo”, afirma o executivo. Ele conta que há muitos candidatos a franqueados que já procuraram a empresa para fazer negócios.
A expansão inicial se concentrará nas regiões Centro-Oeste, Sudeste, Nordeste e Sul, gerando mais de 200 empregos diretos. A Taco Bell tem na mira os Estados do Espírito Santo, Goiás, Paraná, Distrito Federal e a cidade de Bauru, no interior de São Paulo, com unidade de rua. O investimento médio é de R$1,8 milhão por loja.
Mariotto conta que a Taco Bell, pertencente ao grupo Yum Brands (dono da Pizza Hut e do KFC), tem feito algumas adaptações no cardápio de acordo com o paladar e bolso do brasileiro. Uma delas é adoção da calabresa entre as opções de ingredientes nos produtos oferecidos. “No Brasil todo, a pizza mais vendida é a de calabresa, porque é gostosa e barata. Nas próximas promoções, vamos colocar mais carne suína. Os recheios hoje são de frango, carne bovina e calabresa. Para vegetarianos, o feijão substitui qualquer proteína no nosso cardápio. Além disso, estamos estudando o uso de carnes vegetais”, afirma Mariotto.
Outra adaptação que a empresa fez no Brasil foi permitir a escolha do quanto a comida é picante, indo de zero, moderada ou tradicional.
Fonte: Estadão