Por Henrique Medeiros | O consumidor criou uma expectativa com relação à Black Friday que vai além dos descontos e promoção que este momento traz no último respiro comercial do ano. Portanto, a data, na relação entre marcas e consumidor, não pode ser mais apenas sobre oferta de preços. Foi o que explicou a diretora de commerce de customer solutions do Google, Nathalia Camargo, em conversa com a imprensa sobre o período promocional.
Uma pesquisa da Offerwise, encomendada por Google, revelou que o consumidor quer preços baixos e descontos imbuídos nas ofertas, mas também quer qualidade nos produtos, custo do frete e tempo de entrega razoável. Além disso, as pessoas querem variedade de ofertas.
Por exemplo:
- 74% dos brasileiros querem ver parcerias entre instituições financeiras e varejistas para ter mais benefícios;
- 72% dos brasileiros querem algum tipo de oferta de viagem;
- 52% das pessoas aproveitam a data para investir em produtos de uso diário ou mais caros de beleza;
- 43% buscam ofertas de medicamentos sem prescrição.
Rodrigo Rodrigues, diretor sênior de customer solutions do Google, afirmou que o consumidor “já entendeu o jogo da Black Friday” e “sabe jogar”, uma vez que 51% das pessoas fazem planejamento financeiro, 64% das pessoas começaram a guardar dinheiro e mais da metade das pessoas começaram a pesquisar produtos e serviços. Ou seja, o consumidor sabe o que quer e como se planejar.
Porém, o desafio agora “é como as empresas devem se planejar para ele”.
Guia para Black Friday 2024
Considerando este uma nova fase da Black Friday, com mais apetite do consumidor após uma normalização da economia (queda no desemprego e redução da inflação), a executiva afirmou que “as marcas precisam entender o porquê de a data ser relevante para elas”.
Camargo explicou que a Black Friday é atualmente associada por varejistas a desconto, aumento das vendas, escoamento dos estoques, mas deveria ir além disso. A executiva afirmou que no evento comercial é possível: atrair novos consumidores; lançar produtos; e até reter clientes. Ou seja, um movimento estratégico que vai além das promoções. “A Black Friday é estratégica. Ela move o ponteiro dos mais diferentes negócios”.
Reforçou ainda que a Black Friday não é mais uma data sazonal, pois traz geração de valor aos negócios, algo que não se restringe ao varejo, mas atinge várias indústrias, inclusive o setor de serviços: “O sucesso da temporada está na capacidade de fazer uma diferenciação responsável”.
Essa “diferenciação responsável” proposta pelo Google é a capacidade de as empresas fazerem a melhor orquestração da estratégia de marca, com produtos apropriados e melhorias para as ações, explicou a diretora. Em uma visão 360 graus, isso inclui:
- Objetivos de negócios, como expansão do público-alvo, ganho de market share e diversificação de produtos;
- Plano de comunicação com métricas, insights, conteúdo e criatividade e as ferramentas do Google;
- Frentes de ativação, como gamificação, personalização e benefícios inusitados;
- Estratégias de marketing, vide upsell, conversão de vendas e gerenciamento do fluxo de estoque.
- Objetivos de marketing, como geração de leads, aumento do engajamento do app e das vendas online.
“Trouxemos isso para ajudar os anunciantes a fazerem uma estratégia 360 bem orquestrada”, concluiu Camargo.
Fonte: Mobile Time