As multinacionais do setor de cosméticos Avon e L’Oréal enfrentaram um cenário desafiador no Brasil durante o terceiro trimestre deste ano. A Avon sentiu o impacto da redução no número de revendedores, o que levou a receita local cair 3% no período, na comparação anual, conforme relatório dos resultados globais divulgado ontem. Jamie Wilson, diretor financeiro da Avon, disse que o Brasil é um dos mercados mais competitivos em que a companhia atua e exige um grande foco na execução e “insights” sobre a demanda do mercado. “A equipe entende os problemas [da operação] e está adotando uma estratégia para equilibrá-la.
Queremos melhorar a retenção.” Apesar das dificuldades, a empresa americana registrou aumento no número de pedidos no país. Considerando todos os mercados, a margem operacional caiu 2,1 pontos percentuais, para 5,9%.
O lucro líquido foi reduzido em 65%, para US$ 12,5 milhões. A receita líquida atingiu US$ 1,41 bilhão, aumento de 1%. Na Europa, no Oriente Médio e na África, a receita aumentou 1%, assim como na Rússia (3%), México (4%) e Filipinas (4%), que também cresceram. No Reino Unido, as vendas recuaram 13%, também influenciadas pela redução no número de consultores. A região da Ásia-Pacífico apresentou queda de 1%. A francesa L’Oréal, que concluiu em setembro a venda da The Body Shop para a Natura, relatou no balanço que a operação brasileira continua sendo desafiadora.
A divisão de produtos ao consumidor sofre com a desaceleração no Brasil, nos Estados Unidos, na Índia e no Oriente Médio. No entanto, a marca premium de dermocosméticos SkinCeuticals continua a crescer dois dígitos no país, assim como na China, na Rússia e no Reino Unido. Entre julho e setembro deste ano, a L’Oréal obteve receita líquida de € 6,1 bilhões, com avanço de 5,1% em relação ao mesmo intervalo de 2016. No acumulado do ano até setembro, a receita líquida somou € 19,5 bilhões, com alta de 5,8%.
Fonte: Panorama Farmacêutico