A gigante chinesa do e-commerce Alibaba está de olho em um novo potencial de expansão de sua presença no varejo físico do país com a possível compra da Intime Retail, uma operadora de shopping centers e lojas de departamento da China.
O grupo já possui 28% das ações da Intime, que é listada atualmente na bolsa de Hong Kong. De acordo com um comunicado da empresa divulgado nesta segunda-feira (16), no entanto, o plano da Alibaba seria agora fazer a aquisição quase total da rede de lojas para fechar seu capital novamente, com uma oferta US$ 2,6 bilhões (aproximadamente R$ 8,3 bilhões, na cotação atual).
Se confirmado, o valor oferecido pela Alibaba à companhia equivaleria à cerca de US$ 1,29 (R$ 4,16) por ação da Intime, um montante 42% superior ao valor registrado pelas ações da empresa no último dia 28 de dezembro – quando as compras e vendas dos papéis foram suspendidos. O negócio daria à Alibaba o controle de 74% da Intime.
Na contramão de outras grandes empresas varejistas, que têm se movido na direção do e-commerce, o grupo chinês argumenta que o varejo físico continuará a ser relevante no futuro e que há potencial de melhorá-lo muito com novas tecnologias. A decisão é semelhante a da rival norte-americana Amazon, que também anunciou expansões através de lojas físicas.
Os investimentos do grupo chinês, no entanto, têm focado principalmente na melhora de sua capacidade de entrega de produtos – seja através de aquisições ou parcerias. Isso porque, apesar do tamanho de seu mercado interno, a China ainda sofre com problemas graves de infraestrutura em seu interior, o que tem motivado a Alibaba a melhorar logística para combater desafios locais.
Fonte: Canatech