A rede gaúcha de itens de casa e construção Quero-Quero decidiu adiar a oferta pública inicial de ações (IPO) que estava prevista para julho, conforme o Valor apurou. O acionista controlador, que seria o vendedor das ações, é a gestora de private equity Advent. Essa é a sétima companhia a alterar os planos de listagem este ano.
A Advent mudou os planos devido à volatilidade atual do mercado e a um espaço curto de tempo para aproveitar a chamada janela de mercado antes das eleições, segundo uma fonte. A companhia tinha contratado os bancos coordenadores, mas ainda não havia se registrado na Comissão de Valores Mobiliários (CVM). O IPO deve ser feito em 2019, conforme as condições de mercado. Procurada, a gestora não comentou. É o mesmo caso da empresa de shoppings Almeida Junior: também com bancos contratados, a companhia decidiu postergar sua estreia na B3.
A fabricante de calçados Dass, a loja de artigos esportivos Centauro e a farmacêutica Blau estavam mais adiantadas nesse processo, registradas na CVM. Mas tiveram dificuldade para encontrar demanda suficiente de investidores no momento.
Outras duas empresas também registradas resolveram fechar uma negociação privada ao invés de seguir com o IPO no momento. A JHSF, que ia listar a subsidiária JHSF Malls, vendeu participação em quatro shoppings para fundo imobiliário da XP Investimentos e a Algar Telecom vendeu participação para o fundo soberano de Cingapura GIC.
Já com prospectos preliminares publicados, quatro empresas mantêm os planos para a oferta em junho e julho: o banco Agibank, a fabricante de eletrônicos Multilaser, a produtora de etanol Bunge Açúcar e Álcool e a credenciadora Banrisul Cartões. “Das quatro, devem ser efetivadas três ofertas”, afirma o diretor de um banco de investimento.
Fonte: Valor Econômico