Novo gerente geral do Shopping Iguatemi planeja 2016 com resultados pra lá de positivos para o centro de compras
Ainda na fase de transição, Marcelo Borba já está em Ribeirão Preto para assumir a gerência geral do Shopping Iguatemi no lugar de Daniel Lotufo, que seguiu para Campinas. O gaúcho de 33 anos é formado em Relações Públicas e iniciou sua carreira no grupo em Porto Alegre. De lá pra cá, passou por centros de compras no Rio de Janeiro, em Sorocaba e, por último, São Carlos. Depois de coordenar duas grandes expansões, ele chega à cidade com a missão de dar continuidade ao crescimento do fluxo e faturamento do shopping, que foi positivo no ano passado, apesar da crise econômica. Na entrevista a seguir, Marcelo fala do mercado, das novidades e de suas expectativas de Ribeirão, para onde está se mudando com a mulher e dois filhos.
2015 não foi nada fácil por conta da economia. O Shopping Iguatemi superou esse momento?
Marcelo Borba – A situação do País não está fácil, mas o crescimento do Iguatemi em fluxo de clientes foi na casa dos dois dígitos, um crescimento de quase 30%. Um ano difícil, mas olha quantas novidades: novas lojas vieram pra cá.
Qual a projeção de crescimento para este ano?
O shopping está na curva de crescimento e janeiro já mostrou que estamos no caminho certo. Vamos seguir trazendo inovações em atrações e até mesmo lojas. 2016 é consolidar e avançar ainda mais na maturação do shopping. Vemos o desenvolvimento imobiliário do entorno crescendo e temos a segunda torre comercial que será entregue em dezembro ainda. Projetamos um crescimento como o do ano passado.
A expansão que o Iguatemi anunciou logo que chegou a Ribeirão Preto ainda está nos planos ou a crise adiou isso?
Em 2018 vamos ver se anunciamos ou não a expansão. O importante é que o shopping já foi desenvolvido contemplando essa expansão. Mas temos que respeitar o cenário econômico também. Vai ser executado sim, mas o momento exato fica complicado dizer neste momento. Seria para 2018, mas vamos acompanhar.
E a vinda de novas marcas?
Temos algumas em negociação, que nos visitaram recentemente, mas estamos “namorando” ainda. Dentro de 60 dias teremos novidades para anunciar.
Você começou no grupo em Porto Alegre, passou por shoppings do Rio de Janeiro, Sorocaba, São Carlos e agora Ribeirão. O que você está trazendo na bagagem?
Já participei de empreendimentos em diversos momentos, toquei duas expansões e venho para agregar e dar sequência ao trabalho que o Daniel Lotufo começou no shopping.
Faltando um mês para a abertura do Iguatemi em Ribeirão, você esteve aqui para acompanhar de perto a fase final. Como foi isso?
Quando chega na reta final são nomeados grupos de trabalho. Reúnem-se pessoas que vão a campo apoiar gestores do local, porque a demanda é muito grande, e acabam fazendo de tudo, põem a mão na massa e orientam lojistas. Imagine 200 lojistas em obra e o shopping em fase final também?
Hoje o Iguatemi Ribeirão está com quantas lojas em operação?
Estamos com 160 lojas e com potencial para 180. Mas isso sem contar os quiosques, com os quais chegamos a 200 operações.
A crise afetou muito o varejo e isso refletiu até mesmo no fechamento de lojas, como a Pop-Up Store e M.Officer. Como você enxerga o cenário daqui pra frente?
A dificuldade está imposta em todos os segmentos e não podemos generalizar. Temos diversas marcas que estão expandindo mesmo na crise. A mesma crise que traz a dificuldade também traz a oportunidade. Quem está com a sua operação bem amarrada está conseguindo superar, até mesmo o Iguatemi. Se não fosse essa crise, talvez a curva de crescimento estivesse sendo mais rápida.
O perfil de público do shopping mudou ou continua sendo mais selecionado?
A estratégia da companhia em todos as operações foca os públicos A e B. É um posicionamento de mercado, mas isso não quer dizer que não atendemos o C. Gostamos de atender o C. O nosso mix tem também a parte democrática, tem um foco, mas é importante ser abrangente também.