O grupo Máquina de Vendas, terceiro maior varejista de móveis e eletroeletrônicos do país, anunciou que passará a adotar, a partir do mês de março, uma nova bandeira associando as marcas Ricardo Eletro e Insinuante. Elas deixam de existir de forma independente e, juntas, vão estampar fachadas de lojas, camisetas, material de venda e todas as peças de comunicação do grupo.
A novidade foi revelada em entrevista exclusiva do presidente da Máquina, Ricardo Nunes, ao A TARDE. “Ricardo Eletro e Insinuante são duas marcas fortes, a primeira no plano nacional e a segunda no Nordeste, e juntas estarão ainda mais fortes, associando tradição, força de venda e de preço a uma comunicação que passa a ser unificada”, explica Nunes.
A integração de bandeiras se dará em todas as praças onde a Máquina de Vendas atua, totalizando quase mil unidades, das quais 370 situadas no Nordeste. Além da Ricardo Eletro e da Insinuante, o grupo reúne lojas das marcas Salfer, City Lar e Eletro Shopping, cada uma delas com forte atuação regional. O nome Ricardo Eletro passa a preceder as outras marcas e poderá, em um segundo momento, substituí-las.
Identidade
Nunes cita o exemplo da união das marcas Itaú e Unibanco, que considera bem-sucedida, como caminho para a Máquina ganhar identidade única e enfrentar o cenário de adversidade que se desenhou para o varejo brasileiro no último ano, com fechamento de lojas pelo país. O objetivo, diz, é ter uma marca nacional agressiva e com presença em todos os lugares.
Dona de um faturamento anual de R$ 10 bilhões, a Máquina de Vendas nasceu da união da baiana Lojas Insinuante com a mineira Ricardo Eletro, ganhando corpo com a incorporação da catarinense Lojas Salfer, da mato-grossense City Lar e da pernambucana Eletro Shopping.
O megagrupo esperava ganhar competitividade para disputar espaço com gigantes como a Via Varejo, que administra as marcas Casas Bahia e Pontofrio, e o Magazine Luiza.
O presidente da Máquina diz que não há previsão de fechamento de outras lojas da marca Insinuante, a exemplo do que ocorreu com Mega Store da empresa na Avenida Luiz Viana Filho (Paralela). “O fechamento depende da performance e do perfil de cada unidade, e lojas gigantes já não fazem sentido quando o consumidor se sente mais atraído por shopping ou vendas online”, afirmou.