01/12/2015 às 05h00 Por Gustavo Brigatto | De São Paulo Realizada pela segunda vez no Brasil, a Cyber Monday, série de promoções realizada ontem, teve um desempenho melhor que o esperado pelos varejistas. Segundo projeção da ebit, até a meianoite, foram vendidos R$ 380 milhões, o dobro do número registrado ano passado. A estimativa, feita a pedido do Valor, leva em conta os dados colhidos até as 17h de ontem. Segundo André Dias Ribeiro, diretorgeral da ebit, a expectativa era que houvesse aumento nas vendas entre 30% e 40%. “A Black Friday foi muito comentada nas redes sociais e algumas lojas mantiveram os descontos”, disse, referindose às promoções iniciadas na sextafeira. A ClearSale, que em parceria com o BuscaDesconto organiza os sites CyberMondayBrasil.com.br e BlackFriday.com.br, registrou, até as 18h de ontem, R$ 127,4 milhões em compras, com ticket médio parcial de R$ 378,80. De acordo com a ebit, as vendas registradas na sextafeira somaram R$ 1,6 bilhão, um avanço de 40% em relação à Black Friday do ano passado. A expectativa inicial era que a procura pudesse avançar entre 15% e 20%. Já a ClearSale registrou R$ 1,53 bilhão, avanço de 75% em relação ao ano passado. A companhia havia projetado um incremento de 10%. Segundo Ribeiro, a maior demanda comprovou uma pesquisa de opinião feito pela ebit em agosto, que indicava uma alta disposição dos consumidores em aproveitar as promoções desse período. “Havia muitas compras represadas [ao longo do ano]”, avaliou. O executivo da ebit destacou algumas diferenças de comportamento entre as compras feitas na Black Friday e na Cyber Monday. Segundo ele, no fim de semana a procura se concentrou em produtos eletrônicos e eletrodomésticos. Ontem, durante a Cyber Monday, a maior procura foi por produtos de moda e acessórios. Tratase de um perfil curioso, uma vez que as promoções da segundafeira após o feriado de ação de graças surgiram nos EUA focadas, especialmente, no segmento de eletrônicos. A categoria de moda, disse Ribeiro, é a mais procurada pelos brasileiros na hora de fazer compras no comércio eletrônico. Segundo ele, em um dia ‘normal’, as lojas virtuais brasileiras alcançam vendas entre R$ 100 milhões e R$ 120 milhões.
Valor Econômico – SP