LUIZ-GUSTAVO-PACETE
17 de Novembro de 2015 13:52
Criado em 2010, no Rio de Janeiro, pelos empreendedores Julio Vasconcellos, Alex Tabor e Emerson Andrade, o Peixe Urbano conseguiu aproveitar a busca por descontos para se estabelecer no modelo de compras coletivas.
No final do primeiro ano de negócio, a empresa chegou a um milhão de clientes. A febre das compras coletivas, porém, atraiu novos players. Chegaram a existir dois mil concorrentes por aqui, muitos deles estrangeiros.
Algo impraticável para um mercado limitado. Com esse número de concorrentes, as vendas pararam de subir em 2012 e tivemos que buscar outras alternativas, diz Alex Tabor, que contou a experiência do Peixe Urbano no GMIC Summit São Paulo, evento de tendências mobile, nesta terça-feira, 17, em São Paulo.
O desafio do Peixe Urbano era manter a rentabilidade e a base de clientes, porém, surgia a necessidade de ser ainda mais rigoroso com os níveis de satisfação dos clientes o que demandou a criação de novas ferramentas de fidelização. Com isso, o lucro apareceu em 2013, mas a pergunta era: como voltar a crescer?
Naquele momento, olhamos para o segmento de compras coletivas em vários mercados, Estados Unidos, Europa e América Latina. Existia uma tendência de não recuperação. Em contrapartida, a China conseguia manter seus índices de crescimento, lembra Tabor.
A solução foi inspirar-se no modelo de negócios de compras coletivas chinês para encontrar uma saída no mercado brasileiro. Segundo Tabor, a primeira constatação, com base no mercado chinês, era de que os sites de compras coletivas eram mais um canal de vendas do que uma ferramenta de marketing. Passamos a focar no lucro dos comerciantes, desde então, em qualquer compra eles conseguiriam ter rentabilidade.
A estratégia fez aumentar o número de estabelecimentos cadastrados. Em 2014, o Baidu buscava empresas para investir na região e comprou o Peixe Urbano. Surgiu o aplicativo do site que fez o negócio deslanchar. Desde então, nossas vendas pelo celular saltaram de 17% para 50% até o último mês de setembro, podemos dizer que somos mais mobile do que web, explica.
O Peixe Urbano ainda vê um mercado em potencial para crescer. No Brasil, 98% dos restaurantes não estão no sistema de compras coletivas como o da empresa. Já na China, esse índice é de 50%. O objetivo agora é trazer ainda mais inovações do Baidu para o mercado brasileiro, concluiu.
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