Por Alessandra Morita | Em um cenário aquecido em inaugurações, no qual muitas lojas acabam brigando em um mesmo raio de atuação, o desafio da produtividade é latente. Nesse ambiente, o atacarejo permanece o preferido nos planos de expansão do setor. Coincidência ou não, entre as cinco empresas com maior faturamento/loja do varejo, apenas duas são redes de cash & carry, conforme ranking CIELO-SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo).
Nesse indicador, essas são as cinco maiores, com suas respectivas receitas/loja (base de dados 2023):
1 – Andorinha: R$ 874 milhões (1 loja)
2 – Costa Atacadão: R$ 486 milhões (14 lojas)
3 – Trimais: R$ 465 milhões (2 lojas)
4 – Super Adega: R$ 373 milhões (6 lojas)
5 – Formosa Supermercados: R$ 365 milhões (4 lojas)
Costa e Super Adega são os representantes do formato atacarejo, mas atuam com um sortimento que contempla serviços. O Super Adega, por exemplo, conta com uma seção de vinhos e bebidas rica em opções e ambientação.
Já as outras três redes, que operam supermercados, focam justamente as fortalezas desse modelo. É o caso do Trimais, que oferece uma área de alimentação pronta interessante. Nela, há um espaço para sushis e sashimis, no qual os clientes montam suas próprias bandejas e “barcos”. Outros diferenciais são o restaurante e o açougue, que contribuem para atrair fluxo de consumidores.
O ambiente competitivo – em que a concorrência também vem de outros tipos de varejos e serviços – não pode ser negligenciado, mas as estratégias para sobressair nele começam com a clareza da proposta de atendimento. Dela vem o sortimento correto, a operação, frequência e formas de abastecimento, execução das categorias e serviços. Essa conjugação de fatores, aliada ao entendimento dos clientes, é o que pode levar o varejo a melhores níveis de produtividade e rentabilidade.
Fonte: S.A. +Varejo