Por Mark Sullivan | As pessoas estão recorrendo aos grandes modelos de linguagem (LLMs, na sigla em inglês) para encontrar informações sobre produtos, seja através de chatbots, como o ChatGPT, ou ferramentas de busca de IA, como o Perplexity. Portanto, não é surpresa que as empresas estejam cada vez mais preocupadas com a forma como estes modelos percebem a sua marca.
Jack Smyth, diretor de soluções da empresa de marketing digital Jellyfish, tem conduzido pesquisas para entender por que certos prompts levam os LLMs a mencionar marcas específicas.
Os grandes modelos de linguagem organizam palavras e frases, incluindo nomes de marcas, dentro de um enorme espaço vetorial, com base em seus significados e nos contextos nos quais são frequentemente usados. Por exemplo, um LLM pode associar o nome de um produto de cuidados com a pele ao termo “suave”.
Mas o que acontece se o modelo falhar em associar um determinado termo a um produto? Ou, pior ainda, caso ele associe o nome do produto a algum termo negativo?
Smyth conversou com empresas financeiras que estão tentando garantir que os LLMs não associem os nomes de suas marcas a termos como “ESG” ou pautas polêmicas durante anos eleitorais.
Embora não possam alterar o que os modelos já “sabem” sobre suas marcas, elas podem inserir novos conteúdos no espaço de informação para tentar influenciar os modelos de inteligência artificial.
Atualmente, essa exposição ocorre principalmente quando um modelo é treinado usando uma versão compactada de todo o conteúdo da internet, mas isso pode mudar.
“À medida que esses modelos se conectam à web aberta – a melhor maneira de garantir que sejam o mais úteis possível –, eles consomem mais e mais conteúdos recentes”, explica Smyth.
“É quase como uma cirurgia ou otimização reversa, e é aí que as coisas ficam realmente interessantes porque precisamos descobrir que tipo de conteúdo terá o maior impacto no modelo”, diz ele.
Smyth acredita que os LLMs serão cada vez mais treinados com vídeos online. “Nossa hipótese é que os vídeos – que são um formato mais rico e podem atrair mais atenção – provavelmente serão bastante utilizados.”
Ele também aconselha as marcas a revisar todo o conteúdo de mídia que publicaram ao longo dos anos e a eliminar qualquer material que possa transmitir mensagens equivocadas.
Fonte: Fast Company