Por Mitchel Diniz | A IMC, dona da rede Frango Assado e operadora das marcas Pizza Hut e KFC no Brasil, vem arrumando a casa para voltar a expandir suas operações após os difíceis anos da pandemia. Se desfez de ativos considerados não estratégicos, como a rede Olive Garden e a operação no Panamá, concluindo também o plano de redução do seu endividamento. A empresa afirma enxergar grande oportunidades, sobretudo para os três principais negócios que administra, mas segue cautelosa e prefere crescer com disciplina, de acordo com a disponibilidade de recursos.
“Novos formatos, lojas um pouco menores em alguns casos, que tem um capex menor, são parte da estratégia para que a gente consiga seguir crescendo dentro da nossa capacidade de geração de caixa”, disse Alexandre Santoro, CEO da IMC, ao IM Business. Segundo ele, esse também é um modelo que funciona para a inserção de novos franqueados. “Existe muita gente interessada em ser nossos parceiros, e as vezes, se for uma loja maior, o capex inicial da loja pode ser uma barreira.”
A empresa tem experimentado novos conceitos de lojas menores, como quiosques da Pizza Hut em shoppings e aeroportos. “Olhando para Frango Assado, é um pouco diferente. A gente tem muito espaço ainda para lojas grandes e confortáveis”, afirma o executivo. Por enquanto, 100% da rede Frango Assado é de lojas próprias da IMC.
Santoro também releva o desejo da empresa em ampliar a presença de seus restaurantes em centros urbanos. “Por uma série de razões, a gente acabou concentrando muito o nosso mix em shoppings. Mas a gente entende que chegamos em um tamanho que, para a marca, é importante estar na rua” afirma o executivo.
Além de querer alcançar um público fora das praças de alimentação, a IMC entende que essa também é uma estratégia para turbinar as vendas de seus restaurantes por delivery, em um momento no qual a empresa aposta em digitalização.
“Se você quiser um delivery da KFC à meia-noite, eu não vou conseguir lhe atender, porque os shoppings estão fechados, enquanto os meus concorrentes estão operando 24 horas em algumas lojas [de rua]”, diz Santoro.