Por Reuters | A Aliansce Sonae não vê necessidade de reciclagem do portfólio de shopping centers e não descarta uma redução da participação em empreendimentos maiores para uma realocação de capital “mais interessante”, disse o presidente da companhia, Rafael Sales, nesta terça-feira.
“A gente não tem nenhuma necessidade hoje de reciclagem de portfólio”, disse Sales em teleconferência de resultados, citando, entre outros fatores, vendas sustentáveis nos novos shoppings. Mas ele não descartou eventual realocação de capital e desinvestimento em empreendimentos “não tão estratégicos”.
“(Sobre) redução de participação em shoppings maiores … isso pode acontecer sim, de novo, olhando principalmente do potencial de realocação desse capital de forma mais interessante para companhia ou acionistas.”
Recentemente rebatizada de Allos, a companhia administra 62 shoppings com mais de 11 mil lojas no Brasil.
A maior operadora de shopping centers do Brasil apurou lucro líquido de 153 milhões de reais no segundo trimestre, queda de 3,6% ano a ano, de acordo com balanço divulgado na noite da véspera, contra estimativa média de 91 milhões de reais, segundo dados da Refinitiv.
De acordo com Sales, a companhia pode discutir uma recompra (de ações) no caso de recursos excedentes. “Se a gente tiver um endividamento menor do que planeja … a gente pode sim fazer recompra.”
A Allos possui um guidance para dívida líquida/Ebitda em 2023 de entre 2,1 vezes e 2,4 vezes, segundo os executivos.
Em relação à queda da taxa de ocupação no segundo trimestre para 95,7%, ante 96,9% no mesmo período do ano passado, a empresa disse ser consequência da sua decisão de “retomar pontos estratégicos de alguns lojistas grandes, que vem passando por dificuldades financeiras”.
“Quando a gente olha que houve um aumento da vacância pontual nesse trimestre, ele não impactou o resultado”, disse Daniella Guanabara, diretora Financeira e de Relações com Investidores.
Fonte: Terra