Por Redação
Segundo Almanaque do Varejo, a compilação de dados sobre o comportamento do consumidor em 2022, revelou uma queda de 4% no faturamento apontado em relação ao ano retrasado. Em 2021, foram movimentados R$ 176,1 bilhões, contra R$ 168,7 bilhões ano passado.
O número de pedidos no ano passado variou positivamente 0,4% em relação a 2021, superando 379,2 milhões de pedidos feitos. A categoria que mais faturou foi a de telefonia, seguida por eletrodomésticos e eletrônicos, moda e acessórios e móveis. Já os pedidos foram dominados por moda e acessórios, beleza e perfumaria, alimentos e bebidas, saúde e utilidades domésticas.
Os dados foram levantados pela All In; o Almanaque foi desenvolvido em parceria com a Vindi, Octadesk e Neotrust. Também participaram da divulgação a Opinion Box e a Tray Corp.
Os dispositivos móveis representaram, em média, 63% das compras feitas no e-commerce ano passado, contra 37% nos desktops. Essa diferença aumenta quando separadas por segmentos. Chegam a 74% em moda e acessórios, 73% em eletrodomésticos e eletroportáteis e 68% em beleza.
Os dispositivos móveis também dominam visitas feitas a varejos eletrônicos no segundo semestre de 2022, com 60,6% dos acessos. O setor de alimentos e supermercados liderou esse crescimento (81%) em relação a 2021, seguido por eletrodomésticos e eletroportáteis (60%) e farmácia e saúde (56%). Esse desempenho é explicado pela adaptação dos consumidores ao período mais severo da pandemia, que se manteve quando as medidas de isolamento foram flexibilizadas.
Outro ponto importante de se levar em consideração é a forma de pagamento. O Pix cresceu 7%, passando de 1,44% como modalidade escolhida em 2021 para 8,44% em 2022. Os boletos bancários caíram (31,73% em 2021 – 25,78% em 2022). Já o cartão de crédito continua sendo o preferido, mas passou de 66,65% em 2021 para 64,94% ano passado.
Já pesquisa da Conversion mostra que apresentando queda desde o fim de 2022, o tráfego das plataformas de comércio eletrônico quase 15% no mês passado – pior resultado do ano e uma das retrações mais fortes dos últimos meses.
Foi o quarto mês seguido de baixa, como mostra a última edição do Relatório Setores do E-commerce, da Conversion. Contrariando até mesmo as previsões do mercado, entre novembro e fevereiro, o número de visitantes únicos caiu 19,6%, passando de 2.6 bilhões naquele mês para 2.13 bilhões agora.
O desempenho negativo foi puxado pelos acessos via dispositivos web, que caíram 17,3% entre janeiro e fevereiro, e também pelo Carnaval, uma data tipicamente fraca para o varejo digital.
A queda foi tão forte que, de maneira inédita, nenhum setor cresceu nesse intervalo de tempo. Ao contrário, os resultados comemorados foram entre aqueles que caíram menos, casos de comidas e bebidas (-3,6%), pet (-7%) e importados (-7,3%).
Entre as diminuições mais expressivas estão as dos setores de turismo (-26,5%), cosméticos (-22,1%) e esportes (-17,8%). O setor de marketplaces, o mais robusto do relatório, espelhou o resultado geral e também caiu 15% em fevereiro, voltando à casa dos milhões (908) após quatro meses registrando desempenhos acima de 1 bilhão de visitantes.
Segundo o estudo, o Mercado Livre, principal player do país, perdeu 10% do seu tráfego ao longo do mês. A Amazon Brasil, segunda mais visitada, dissecou ainda mais: -14%. A Shopee caiu 11% e a Magalu, 15%. O resultado mais impactante, porém, foi para a Americanas, que saiu do top 5 das plataformas mais acessadas deixando a quinta posição para a AliExpress, com 72 milhões de visitas. A empresa brasileira fechou o mês de fevereiro com 69 milhões de acessos.
Fonte: Monitor Mercantil