A varejista do setor de moda lança nova coleção com rastreabilidade digital, possibilitando que os consumidores acompanhem todo o ciclo produtivo das peças
Por Fernanda Bastos
A Renner, uma das maiores varejistas de moda no Brasil, lança uma nova coleção de peças em jeans produzidas com algodão com certificação socioambiental e rastreadas com a tecnologia Blockchain. São oito modelos femininos à venda no e-commerce e em lojas físicas da Bahia, Distrito Federal, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo e Pernambuco.
O lançamento é uma parceria com a Associação Brasileira dos Produtores de Algodão (Abrapa), que iniciou o desenvolvimento da coleção de jeans femininos rastreáveis por blockchain no ano passado. Tudo isso por meio do programa SouABR (Sou de Algodão Brasileiro Responsável).
“Há mais de dez anos, a Abrapa vem estruturando suas frentes de atuação para garantir a oferta de uma fibra de alta qualidade, produzida com responsabilidade socioambiental e que tenha sua origem rastreável. Ficamos muito felizes e orgulhosos em ter a Renner como marca pioneira nesta missão, iniciando uma nova jornada em prol da sustentabilidade das marcas de moda”, declara Alexandre Pedro Schenkel, presidente da Abrapa.
Como funciona a rastreabilidade?
O objetivo da tecnologia de rastreabilidade digital desenvolvida pela Abrapa é garantir transparência sobre a origem e a trajetória de cada peça, permitindo o acompanhamento de todo o ciclo de produção: desde a fazenda que cultiva a matéria-prima passando pela fiação, tecelagem ou malharia, confecção e varejo. Quando inseridas no sistema, as informações são criptografadas e não podem ser alteradas. Todas as informações estão disponíveis por meio da leitura de um código QR impresso nas etiquetas, que remete a uma página (landing page). “Queremos ser um agente de transformação do setor de moda”, completa o gerente-geral de sustentabilidade da Lojas Renner, Eduardo Ferlauto.
Como obter a certificação ABR?
Para obter a certificação socioambiental ABR, as fazendas de algodão são auditadas por órgãos terceiros — com acreditação internacional — e precisam atender a mais de 180 pontos de verificação. Entre eles, estão: contrato de trabalho obrigatório e condições dignas para os trabalhadores, além de veto a discriminação, boas práticas de preservação e o cumprimento de 100% das leis ambientais brasileiras.
Fonte: Exame