Projeções apontam que a digitalização contínua e rápida da economia internacional reduzirá o uso de dinheiro físico para uma participação de 9,8% em 2025, afirma a Capgemini. Apesar dos ventos macroeconômicos contrários em 2023, não haverá como parar o crescimento exponencial dos pagamentos digitais, apostam os 27 executivos ouvidos pela Pymnts no ebook “2023 Payments New Year’s Resolutions”.
A experiência do consumidor continuará sendo uma área chave, assim como os pagamentos instantâneos, em tempo real e com criptomedas. Afinal de conta, DeFi, Web3 e o mundo cripto oferecem um potencial interessante para reduzir custos, aumentar a velocidade e melhorar funcionalidades em pagamentos.
A adoção de padrões de mensagens como o ISO 20022 esclarecerá melhor a movimentação de dinheiro para empresas B2B. Mais sistemas legados serão retirados e substituídos por alternativas digitais.
Pilhas modernizadas e o uso crescente de APIs permitirão que novos produtos criativos cheguem ao mercado mais rapidamente, incluindo a expansão de pagamentos incorporados e ecossistemas conectados.
A maioria dos especialistas do setor acredita que os provedores de pagamentos tradicionais colaborarão com fintechs e provedores de tecnologia como uma de suas principais fontes de inovação.
Além disso, a Inteligência Artificial e a Ciência de Dados tornarão o combate à fraude mais eficaz. As instituições financeiras podem esperar melhores ferramentas no futuro, à medida que as soluções de IA se espalham por toda a economia e os casos de uso se multiplicam. A crescente adoção de protocolos 3DS2 e avanços na tokenização de cartões também deverão ajudar a reduzir as fraudes.
Todo smartphone (eventualmente) se tornará um terminal POS, com o SoftPOS se insinuando como opção viável. Atualmente, cerca de 3 bilhões de smartphones possuem NFC globalmente, dando a cerca de 20% da população mundial acesso a esta tecnologia de pagamento.
Por fim, as carteiras digitais estão rapidamente se tornando a forma preferida para as gerações mais jovens interagirem com pagamentos, e as empresas estão seguindo o exemplo. Em 2023 veremos que as empresas preferirem o uso de carteiras digitais a ter de negociar em dinheiro ou a lidar com cartões físicos. As empresas que constroem um ecossistema de superaplicativos geralmente incluem suas próprias ofertas de carteira eletrônica, como WeChat e AliPay na China, Grab e GoTo no Sudeste Asiático, Careem no Oriente Médio e Rappi e Mercado Livre na América Latina. Em algumas regiões, como o Sudeste Asiático, eles já são mais comuns do que os pagamentos com cartão físico e devem dominar os PDVs em geral.
Fonte: The Shift