Comércio eletrônico faturou R$ 73,5 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm)
Por Sabrina Bezerra
Há alguns anos o e-commerce ainda não era tão badalado como hoje. As marcas que mais acreditavam no modelo de mercado estavam distantes do lucro.
O cenário mudou com a aceleração digital impulsionada pela pandemia de coronavírus. Foram recordes de faturamento no comércio eletrônico nos últimos dois anos.
Para você ter uma noção, no primeiro semestre de 2022, o e-commerce faturou R$ 73,5 bilhões, segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico. Um salto de 5% em comparação com o mesmo período do ano passado.
E como todo mercado, tem trazido mudanças tecnológicas e, ao mesmo tempo, humanizado. Confira:
METAVERSO COMMERCE
Uma das movimentações apresentadas no Fórum E-Commerce Brasil 2022 quase em unanimidade foi o metaverso. Não à toa. Afinal, é uma das apostas da Nova Economia e deve movimentar US$ 800 bi até 2024.
Para você ter uma ideia, a L’Oreal, multinacional francesa de cosméticos, já está no metaverso The Sandbox. “E muito provavelmente, em breve, vamos vender produtos no metaverso, que é onde a nova gestação está”, diz Marcelo Zimet, CEO da L´Óreal durante o Fórum E-Commerce Brasil 2022.
Você deve estar se perguntando, mas por que o metaverso ajudaria a vender mais? A resposta é: “ao invés de criar um cupom de desconto, você mantém as pessoas interagindo com o produto em um jogo, por exemplo, através do game funil”, diz Daniel Bottas, Ex-Creative Director da Meta e Partner and CCO da 20DASH.
MODA DIGITAL
Se o metaverso começa a fazer barulho no comércio eletrônico, a moda digital também. “O mercado fashion é o que mais avança no metaverso”, afirma Bottas. “Hoje, as pessoas compram roupas apenas para postar nas redes sociais; logo, em um mundo em que se discute a poluição da moda, a moda digital, sem dúvida vai evoluir ainda mais nos próximos anos”, completa. A Gucci é um exemplo de marca que ingressou na moda digital.
AVATAR
Avatares estão presentes no e-commerce tanto para humanizar a marca e criar uma conexão com os consumidores como para ser uma nova fonte de receita para a empresa. Por exemplo, o personagem da sua marca pode ser pago para fazer publicidades de produtos.
Alguns exemplos de sucesso são: a Lu, do Magazine Luiza, que se tornou a maior influenciadora digital do mundo; o CB, influenciador virtual da Casas Bahia, entre outros.
“A Lu se tornou uma fonte de receita para o Magalu”, diz Frederico Trajano, CEO do Magazine Luiza. “Acreditamos em trazer tecnologia para a companhia, mas sem perder o calor humano”, completa.
SOCIAL COMMERCE
O uso das redes sociais para vender mais está movimentando o mercado de comércio eletrônico. A estratégia, no entanto, não é focar em imagens ou vídeos dos produtos, mas sim gerar uma conexão emocional com a audiência.
No TikTok, por exemplo, 75% dos usuários preferem conteúdos de marca ou produto feitos por um criador de conteúdo. Isso porque as pessoas não querem mais anúncios tradicionais. “Elas querem interagir com o conteúdo de quem, de certa forma, conhecem e confiam — e os criadores de têm um papel fundamental nisso”, diz Danielle Crahim, Industry Lead Performance no TikTok.
LIVE COMMERCE
As vendas feitas por meio de transmissões ao vivo feitas pela internet, muito comum na China (e responsável por movimentar bilhões de dólares nos últimos anos) começam a ganhar força no Brasil. O Mercado Livre é uma das empresas que apostam.
O motivo do sucesso do live commerce, segundo Marcelo Zimet, CEO da L´Óreal, é porque mexe com a emoção da pessoa que está assistindo. “O link é gerado enquanto existe a interação entre quem está apresentando e quem está assistindo”, conta.
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Fonte: Startese