Enquanto a rede de cash & carry mantém seu ritmo acelerado de crescimento, a segunda começa a ver os primeiros sinais do seu processo
Por Redação
Em momentos diferentes da sua estratégia, Assaí e GPA divulgaram seus resultados do segundo trimestre deste ano. Enquanto a rede de cash & carry mantém seu ritmo acelerado de crescimento, a segunda começa a ver os primeiros sinais do seu processo que contou com a descontinuidade do negócio de hipermercados e foco no segmento de supermercados.
O Assaí Atacadista encerrou o segundo trimestre do ano com lucro líquido de R$ 319 milhões, um crescimento de 21% ante o mesmo período de 2021, com margem líquida de 2,4%. No semestre, o lucro líquido totalizou R$ 533 milhões diante da alta alavancagem operacional que compensa, em grande parte, o contexto de juros elevados.
A receita líquida totalizou R$ 13,3 bilhões, mais que 2x superior às vendas do segundo trimestre de 2019. Com um acréscimo de R$ 3,3 bilhões em relação ao mesmo período de 2021 e um crescimento de 32,8%, o desempenho das vendas apresentou forte aceleração quando comparado ao três primeiros meses do ano, impulsionado: pela forte contribuição da expansão orgânica nos últimos 12 meses (+18,1%), com a abertura de 33 novas lojas; e pelo avanço das vendas ‘mesmas lojas’, com crescimento duplo-dígito de 14,7%, mesmo diante de significativa base de comparação (+9,2%). Os ajustes de sortimento e as bem-sucedidas dinâmicas comerciais contribuíram para um maior dinamismo de vendas, com maior fluxo de clientes nas lojas, em especial do público B2B, e retomada dos volumes.
O plano de expansão continua avançando em ritmo acelerado, muito superior aos últimos anos, com previsão de pelo menos 52 novas lojas em 2022: 8 lojas orgânicas foram inauguradas no 1º semestre, sendo 4 lojas no segundo trimestre.
Com isso, a área de vendas apresentou expansão de 22% nos últimos 12 meses, ultrapassando 1 milhão de metros quadrados. Em julho ocorreu as primeiras conversões de hipermercado: Ceilândia (DF) e Campina Grande (PB). Além disso, há mais de 50 lojas em obras em 15 estados, com perspectiva de abertura de pelo menos 40 conversões até dezembro, com cerca de 10 lojas por mês a partir de agosto, além de mais 4 lojas orgânicas.
O novo GPA Brasil , no segundo trimestre do ano, intensificou o processo de transição com a descontinuidade do formato de hipermercados e contratação de novo CEO desde o início de abril. Após algumas mudanças internas e com foco total na operação, já apresenta melhorias em alguns indicadores.
No período, a receita bruta de vendas (excluindo postos) somou R$ 4 bilhões, crescimento de 6,3% ante o mesmo período de 2021, resultado da implementação da estratégia definida após a saída dos hipermercados em fazer o “básico bem feito” e retomando as fortalezas do nosso negócio. No período, a penetração de vendas online total foi de 10,9%;
A margem EBITDA Ajustada pro forma foi de 7,8%, explicada pela alta inflação que não repassada em sua totalidade e o controle das despesas.
Na bandeira Pão de Açúcar, a venda mesmas lojas atingiu 4,2%, impulsionada pelo maior fluxo de clientes em lojas, incremento consistente de sortimento premium e importado na bandeira e ganho de market share vs mercado premium.
Nas bandeiras mainstream, Mercado Extra e Compre Bem, o crescimento de vendas mesmas lojas de 4,8% é resultado do crescimento da venda de e-commerce e aceleração do programa de fidelidade. No formato de Proximidade houve crescimento de 13,6%, explicado pela excelente execução do plano de aumento de participação de perecíveis, principalmente padaria, frutas e legumes, crescimento no fluxo das lojas de passagem e maior número de lojas atendendo os parceiros de last miles.
No período ainda foi verificado impacto negativo na venda mesmas lojas de postos por conta da conversão de lojas para o atacarejo – aproximadamente metade dos postos ficam em lojas que hoje estão fechadas para conversão e parte dessas lojas serão reabertas durante o terceiro trimestre.
Fonte: S.A. Varejo