No varejo ampliado, que inclui as vendas de veículos e motos, partes e peças, e material de construção, o volume de vendas subiu 0,2% na passagem entre abril e maio
Por Alesandra Saraiva
O volume de vendas no varejo restrito teve alta de 0,1% em maio, ante abril, na série com ajuste sazonal, segundo a Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) nesta quarta-feira. Em abril, frente a março, o comércio tinha avançado 0,8 % (dado revisado após divulgação de crescimento de 0,9%).
O resultado de maio veio abaixo da mediana das estimativas coletadas pelo Valor Data junto a 33 consultorias e instituições financeiras, de um crescimento de 1%, com intervalo das projeções indo de baixa de 0,3% a aumento de 1,4%.
Na comparação com maio de 2021, o varejo restrito caiu 0,2%, em meio à expectativa de aumento de 2,4%, com intervalo entre baixa de 1,4% a aumento de 3,3%. O comércio restrito acumula queda de 0,4% nos 12 meses até maio. Já de janeiro a maio de 2022, houve alta de 1,8%.
Já a receita nominal do varejo restrito acumulou alta de 0,4% em maio, ante abril. Na comparação com maio de 2021, houve expansão de 17%.
No varejo ampliado, que inclui as vendas de veículos e motos, partes e peças, e material de construção, o volume de vendas subiu 0,2% na passagem entre abril e maio, já descontados os efeitos sazonais. Os analistas de 31 bancos e consultorias consultados esperavam aumento de 1,8%, segundo a mediana. As estimativas iam de avanço de 0,8% a 3,8%.
Na comparação com maio de 2021, o volume de vendas do varejo ampliado diminuiu 0,7%. A expectativa mediana, pelo Valor Data, era de aumento de 2,5%.
Já a receita nominal do varejo ampliado avançou 1,7% em maio, frente a abril, na série com ajuste sazonal. Na comparação com maio de 2021, houve alta de 15,9%.1 de 1 — Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
— Foto: Rovena Rosa/Agência Brasil
Na passagem entre abril e maio, os destaques positivos ficaram com Livros, jornais, revistas e papelaria (5,5%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria (3,6%), Tecidos, vestuário e calçados (3,5%), Combustíveis e lubrificantes (2,1%), Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (2,0%) e hiper, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1%).
Por outro lado, houve queda em dois dos oito grupamentos pesquisados: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-2,2%) e móveis e eletrodomésticos (-3,0%).
No varejo ampliado, houve queda de 0,72% no volume de vendas em veículos, motos, partes e peças e recuo de 1,1% no material de construção, na série com ajuste sazonal.
Das 27 unidades da federação (UFs), 18 apresentaram alta no volume de vendas no mês em maio, com destaque para Minas Gerais (3,6%), Rio Grande do Sul (3,1%) e Roraima (3,1%). Entre as quedas, se sobressaíram Rondônia (-2,8%), Rio Grande do Norte (-2,3%) e Tocantins (-2,1%).
Frente a maio de 2021, houve recuo no volume de vendas em 10 das 27 unidades da federação. Chamaram atenção os resultados negativos de Amapá (-11,1%), Pernambuco (-10,9%) e Bahia (-6,6%). Por outro lado, entre os destaques positivos, apareceram Sergipe (11,2%), Roraima (8,2%) e Tocantins (7,2%).
Fonte: Valor Econômico