A transformação digital de algumas marcas tem sido encarada como uma grande oportunidade de alavancar resultados e até de assumir um posicionamento de destaque no mercado
Por Mariana Missiaggia
A transformação digital de algumas marcas tem sido encarada como uma grande oportunidade de alavancar resultados e até de assumir um posicionamento de destaque no mercado
Nos últimos anos, o investimento em soluções tecnológicas tem sido uma alternativa para empresas que buscam melhores índices de produtividade e outros benefícios.
Nesse sentido, a transformação digital ajudou algumas marcas a assumirem um posicionamento de destaque no mercado. Em uma dessas transições, o Walmart se tornou a primeira varejista dos Estados Unidos a investir na agricultura vertical.
No início do ano, a rede anunciou uma participação acionária de US$ 400 milhões na startup de agricultura vertical, a Plenty.
Um pouco diferente da tecnologia de outras fazendas verticais, a Plenty produz localmente, dentro ou perto das grandes cidades, para que os alimentos não precisem transitar dias pelas estradas, perdendo gosto e nutrientes.
Um armazém reformado em San Francisco sedia o negócio que tem variedades como couve, alface, rúcula e diversas ervas plantadas em torres de seis metros de altura. Com toda a produção guiada por tecnologia, como big data e internet das coisas, os nutrientes e a água correm dentro dessas torres, gerenciados por microssensores. Em vez do sol, há lâmpadas LED.
Tudo isso faz com que folhas cresçam perfeitas – sem marcas de insetos, resíduos e livres de quaisquer contaminações.
O segmento tende a crescer em todo o mundo. Uma pesquisa da inglesa MarketsandMarkets apontou que, até 2026, as fazendas verticais devem triplicar seu mercado, saltando de US$ 3,31 bilhões, em 2021, para US$ 9,7 bilhões nos próximos cinco anos.
DIAMANTES DE LABORATÓRIO
Ainda muito polêmico, o mercado de pedras preciosas é permeado por denúncias de trabalho escravo e exploração irregular. Esse conflito ético abre espaço para um novo mercado, que algumas marcas apoiam e outras não.
Idênticos aos extraídos da natureza, os diamantes de laboratório passam pelo mesmo processo, mas com aceleração dentro de uma estufa que reduz o tempo de produção de 30 anos para oito semanas.
Enquanto nomes como Tiffany and Co e Bulgari criticam o uso de qualquer pedra que não seja natural, a Louis Vuitton investe em laboratórios de diamante. Seja por razões orçamentárias ou ambientais, esse movimento já causa uma ruptura da indústria de joias finas.
Além disso, o conflito na Ucrânia teve um grande impacto no fornecimento e preços de diamantes devido a sanções contra a Rússia – um dos maiores fornecedores de diamantes naturais do setor.
Ao longo de 2021, houve um aumento sem precedentes no interesse do consumidor por diamantes criados em laboratório.
Os dados de março de 2022 mostraram um aumento de 63% em relação ao ano passado no número de anéis de noivado vendidos com um diamante feito em laboratório, segundo Edahn Golan, analista da indústria de diamantes, em entrevista a Vogue.
Fonte: Diário do Comércio