São aproximadamente 8,5 milhões de pessoas, de acordo com estudo da SBVC. Setor é o maior empregador privado do país
Por Redação
Em 2021, o Brasil viveu um ano de idas e vindas, em que a progressiva vacinação da população e reabertura do comércio conviveram com o avanço das variantes delta e ômicron do coronavírus. Nesse cenário de incertezas, o varejo brasileiro mais uma vez apresentou um desempenho bem superior ao do PIB, contribuindo para acelerar a recuperação econômica pós-Covid.
De acordo com o estudo “O Papel do Varejo na Economia Brasileira”, realizado anualmente pela Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo (SBVC), o varejo emprega 25,8% dos trabalhadores com carteira assinada, ou aproximadamente 8,5 milhões de pessoas.
A taxa de desemprego medida pelo IBGE recuou de 13,5% para 11,1% (o menor patamar desde 2016), impulsionada pela recuperação do varejo, que continua a ser o maior empregador privado do país.
“Em quase todos os meses de 2021, o varejo contratou mais do que demitiu, demonstrando claramente o reaquecimento da economia”, afirma Eduardo Terra, presidente da SBVC.
A edição 2022 do estudo “O Papel do Varejo na Economia Brasileira” faz uma radiografia completa do setor varejista no País, analisa em detalhes sua participação na economia nacional, a capacidade de geração de empregos, traz números por segmento de atuação, mostra como a macroeconomia influenciou seu desempenho e revela os impactos da Covid-19 sobre o setor no ano passado.
Em 2021, o chamado Varejo Restrito (varejo de bens de consumo, exceto automóveis e materiais de construção) teve expansão de 13,9%, um resultado inferior aos 18% do Varejo Ampliado (que inclui automóveis e materiais de construção). Movimentando R$ 1,99 trilhão, o Varejo Restrito equivale a 22,9% do PIB brasileiro.
O Varejo Ampliado, por sua vez, alcançou R$ 2,41 trilhões em 2021 e representou 27,7% do PIB nacional.Na avaliação de Terra, os números do varejo em 2021 mostram que a transformação digital do setor viabilizou uma retomada rápida das vendas, assim que o cenário macroeconômico e sanitário começou a se estabilizar.
“As empresas que mostraram agilidade e flexibilidade para navegar pela progressiva reabertura do comércio e, ao mesmo tempo, reforçaram seu relacionamento digital com os consumidores ampliaram suas possibilidades de interação e conhecimento dos clientes. E a partir do uso intensivo de dados, têm conseguido identificar oportunidades de crescimento e fidelização”, analisa.
Fonte: Diário do Comércio