Startup argentina busca empresas de tecnologia que atuem com e-commerce no Brasil, Argentina e México
Por Guilherme Guerra
Um fundo de US$ 10 milhões (cerca de R$ 55 milhões) será criado pela Nuvemshop para financiar empresas de tecnologia com soluções para o comércio eletrônico, anuncia nesta sexta-feira, 10, a startup argentina. Os investimentos terão início em 2022 e buscarão startups de Brasil, México e Argentina.
A intenção da Nuvemshop, marketplace que reúne 90 mil lojas, é impulsionar o e-commerce na América Latina, promovendo serviços de tecnologia que resolvam necessidades dos diferentes lojistas cadastrados à plataforma. A intenção é ter sob o próprio guarda-chuva um ecossistema completo de soluções, que podem ir de pagamentos ao pós-venda.
“O objetivo é que esses parceiros potencializem ainda mais os negócios dos lojistas”, afirma em nota Alejandro Vázquez, cofundador e atual presidente de comunicações da Nuvemshop. Atualmente, a empresa possui 200 companhias trabalhando junto ao marketplace, com meta de ampliar o número para “milhares” nos próximos cinco anos, diz. “Estamos ampliando ainda mais o nosso ecossistema, que continua tendo o DNA de plataforma aberta”.
Detalhes de como irá operar o fundo, como processo seletivo e regras, serão revelados somente no próximo ano.
Força latinoamericana
A Nuvemshop tornou-se em agosto o mais novo “unicórnio” da Argentina, isto é, uma startup com avaliação de mercado superior a US$ 1 bilhão. O marco foi atingido após a companhia levantar uma megarrodada de US$ 500 milhões de investidores como Tiger Global.
Atualmente, a Argentina soma 4 unicórnios (incluindo o rival Mercado Livre), impulsionada pelo mercado de startups da América Latina, que veem em 2021 o seu melhor ano. Segundo relatório trimestral da consultoria americana CB Insights, o território somou US$ 14,8 bilhões em aportes até setembro – em 2020, o valor foi de US$ 5,4 bilhões, até então o mais alto da série histórica.
Nesta semana, juntaram-se ao grupo dos unicórnios as mexicanas Clara, de gerenciamento de gastos corporativos, e a Incode, de identificação digital.
Fonte: Terra