Conheça assuntos que serão quentes no varejo americano neste novo ano
2014 foi o ano em que as vendas mobile explodiram em todo o mundo (inclusive no Brasil) e em que a integração omnicanal foi a bola da vez. O varejo testou diversas formas de integrar as operações on-line e off-line, e no mercado americano houve um recorde de demissões de CEOs.
Aqui estão 4 tendências não muito óbvias que poderão ter grande influência sobre o destino das operações varejistas neste ano que começa:
1) Mobile de volta ao básico: as vendas on-line continuaram crescendo acima do off-line, com destaque para o varejo mobile. Na Cyber Monday, as vendas via celular responderam por 22% das vendas on-line, uma alta de mais de 27% em relação ao ano anterior, de acordo com um estudo da IBM Digital Analytics.
O lado ruim disso foram os problemas decorrentes do forte crescimento. A Best Buy, por exemplo, ficou com o site diversas vezes fora do ar, algo atribuído em parte à demanda mobile. O resultado é que o varejo precisará neste ano voltar ao básico em suas iniciativas via celular. O consumidor não admite erros primários.
2) Varejo cada vez menor: as grandes varejistas investirão em lojas de menor porte para estar mais próximas de seus clientes, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil. Isso porque lojas menores demandam menos investimento, diluição de risco e oportunidades de aumento da eficiência logística. Um recente relatório da empresa de consultoria Daymon Worldwide declara: “lojas de menor porte têm grande apelo por uma série de motivos, como o tráfego complicado nas cidades, a construção de casas menores (com menos espaço para armazenamento de produtos) e a demanda dos clientes por mais conveniência”.
3) Foco na baixa renda: a crise econômica de 2008 foi particularmente agressiva com quem tinha menos dinheiro. Ao longo dos últimos anos, o consumidor americano de menor renda teve dificuldade em equilibrar suas contas, um cenário que deve começar a mudar em 2015. “A queda do preço dos combustíveis deve abrir espaço no orçamento familiar e os consumidores não terão outra rodada de redução dos benefícios com cupons do governo”, afirma o analista de mercado da Wells Fargo, Paul Lejuez.
4) O forte cada vez fica mais forte: o abismo entre quem vai bem e quem vai mal no varejo americano só irá aumentar em 2015. A Sears enfrenta grandes problemas há anos e, depois dos pedidos de concordata de Deb Shops e Delia, espera-se que a próxima vítima da competitividade acirrada seja a RadioShack. Em dezembro, a empresa disse, em um comunicado à SEC (a Comissão de Valores Mobiliários americana), que poderá ter que buscar a proteção da concordata.
Revista No Varejo on-line – SP