Diretor financeiro destacou que o indicador no trimestre foi “deteriorado” pela adesão das 25 novas lojas no período
Por Raquel Brandão
A direção da rede farmacêutica Pague Menos está otimista com sua estratégia para continuar aumentando a venda média por loja. O diretor financeiro, Luiz Novais, afirmou em teleconferência com analistas que as ações de ampliação de sortimento, oferta de produtos de marca própria e maior participação dos canais digitais devem complementar a venda média por loja acima da inflação.
Novais destacou que o indicador no trimestre foi “deteriorado” pela adesão das 25 novas lojas no período. A venda média por loja foi de R$ 605 mil, patamar abaixo que o observado no trimestre anterior. Desconsiderando as novas lojas, a venda média mensal foi de R$ 617 mil, em linha com o trimestre anterior.AdChoicesPUBLICIDADE
Ainda assim, o diretor apontou que as lojas da Pague Menos têm vendido mais do que o mercado em média e que a evolução das vendas nas lojas novas tem sido rápida. “Nova safra de lojas está em linha com o que esperamos”, acrescentou o presidente executivo do grupo, Mário Queirós.
Uma das frentes estratégicas, a categoria de produtos de marcas próprias totalizou R$ 127,8 milhões em vendas no trimestre, crescimento de 22,4% em relação ao terceiro trimestre de 2020. A participação sobre a venda total atingiu 6,3%, um avanço de 0,8 ponto percentual na base anual.
Já o sortimento médio de produtos por loja chegou a 9,6 mil itens. Esse avanço de sortimento levou ao menor índice de ruptura de estoques da companhia, com queda 45% em relação ao mesmo período do ano anterior. Por causa disso, o ciclo de caixa relacionado aos estoques chegou a 108 dias, um patamar elevado, segundo Queirós, mas que não deve recuar ainda no quarto trimestre, pois esse é um período de férias da indústria farmacêutica, e a Pague Menos deverá ampliar seus estoques para evitar aumento da ruptura.
“Estamos implementando skus [itens] de cauda longa, que têm giro menor, então puxa o PME [prazo médio de estoques] um pouco para cima.”
Fonte: Valor Econômico