22/12/2014 às 05h00
Por Daniela Meibak | De São Paulo
A companhia aérea TAM planeja investir quase R$ 12 bilhões nos próximos três anos. Serão R$ 11 bilhões em frota até 2018, com encomendas de mais de 50 novas aeronaves. Além destas, a empresa estuda comprar até 30 jatos de médio porte, entre 75 e 110 assentos, para atuar no mercado de aviação regional.
Para os jatos menores, a TAM está em negociações avançadas com os fornecedores, dentre eles a Embraer, para pedido firme de 18 jatos mais 12 opções de compra. Os outros 50 já foram encomendados com as atuais fornecedoras Airbus e Boeing.
No orçamento de quase R$ 12 bilhões, estão R$ 440 milhões destinados a serviços de tecnologia e infraestrutura. A definição faz parte dos planos estratégicos do grupo Latam. De acordo com Cláudia Sender, presidente da TAM Linhas Aéreas, grande parte do crescimento observado no mercado de aviação brasileiro tem vindo das regiões com menor densidade.
“A aviação regional se tornou muito importante. Buscamos incluir clientes desse mercado não apenas em trechos regionais, mas em uma malha abrangente”, disse a presidente na sexta-feira, ao lado de Marco Antonio Bologna, presidente do conselho de administração da TAM S.A. A intenção é comprar aviões modernos, de nova geração. Para finalizar as encomendas, a TAM precisa fechar preço, maneira de financiar os jatos e os modelos mais adequados. A expectativa é anunciar a decisão no primeiro trimestre de 2015.
Enquanto os jatos médios que serão encomendados no próximo ano não são entregues, a companhia planeja operar em rotas regionais com aviões do modelo Airbus 319, os menores do portfólio atual com capacidade de 144 assentos, além aeronaves arrendadas. A TAM deixou claro que “já tem jatos Airbus 319 suficientes” e que a compra será focada em unidades menores.
O plano é atender mais quatro a seis destinos regionais por ano a partir de 2015. Serão 12 a 15 novas cidades atendidas pela empresa, com cobertura de até 17 mil habitantes. As novas rotas serão focadas nas regiões Nordeste, Norte e Centro-Oeste.
Para Claudia, o desenvolvimento da infraestrutura de aeroportos em cidades de menor porte é mais importante do que o modelo de subsídio que o governo deverá regulamentar.
Sobre o comportamento do preço do petróleo, o comando da TAM avalia que a queda das cotações deve ser sentida pela empresa apenas no médio prazo, com recuo nos custos na compra do querosene de aviação. A queda não deve sentida neste quarto trimestre e provavelmente nem no primeiro trimestre de 2015. Bologna e Claudia observaram que, se de um lado o preço do petróleo cai, a alta acentuada do dólar aumenta os custos da companhia.
Valor Econômico – SP