No Brasil, 79% dizem que as marcas precisam agir agora pelo bem da sociedade e do planeta
Por Ricardo Lessa
iente de polarização em todos os níveis, durante a pandemia, tenha gerado o clima de desconfiança que a pesquisa identificou: “A pessoa que compra xampu, ou escolhe um plano de investimento, é a mesma que está exposta às polêmicas de política e de saúde, às fake news, que acontecem em todos os países”.
Enquanto cancelamento foi a palavra de 2020, “woke fatigue” é a expressão do momento, segundo TBWA. O contra-cancelamento pode estar começando.
“Ao mesmo tempo que o consumidor cobra mais das empresas, há também uma tendência a perdoar, se a marca ou empresa assume abertamente seus erros e adota medidas na prática para se corrigi”, diz Kim, da Havas.
Outras pesquisas estão detectando sinais nessa direção. A Porter Novelli, consultoria global de comunicação, divulgou em junho levantamento sobre a geração Z nos Estados Unidos. Entre os entrevistados 68% disseram que uma empresa não precisa ser perfeita, mas precisar ser aberta e honesta quando se trata de justiça social e 64% deles acreditam que a empresa tem um papel ao abordar questões de justiça social.
O relatório mais recente do Trust Barometer, da empresa de comunicação Edelman, divulgado no início do ano, diz que a pandemia corroeu a confiança das pessoas. Instituições e governos caíram aos níveis mais baixos desde o início da pesquisa há 21 anos.
Fonte: Valor Econômico