Em 8 meses, foram 2 bilhões de reais em vendas, mas desafio é chegar aos 13 milhões de clientes do banco
Por Josette Goulart
Recarga de celular, telefones, televisores, games, eletrodomésticos, computadores. A “lojinha” do banco Inter fez um volume de 2 bilhões de reais em vendas nos primeiros oito meses do ano. E já projeta fechar o ano em algo entre 3 e 4 bilhões de reais. A cada segundo e meio a “lojinha” registra alguma venda e com dois anos de vida, o marketplace Inter Shop já vendeu produtos a mais de 2 milhões de clientes do banco Inter, atraídos pelas propostas de cashback. Em dois anos, mais de 200 milhões de reais foram devolvidos aos clientes que fizeram alguma compra no shopping. O segredo para “devolver dinheiro” aos clientes é pura matemática. Se antes o banco ganhava de 1% a 1,5% se um cliente comprasse de uma loja qualquer, usando um cartão do Inter, agora o grupo ganha de 4% a 18% do valor dos produtos vendidos fazendo a venda dentro do seu aplicativo.
Mas a “lojinha”do Inter, como o próprio CEO da empresa, Rodrigo Gouveia, carinhosamente chama o shopping, quer e precisa de mais. Tem que atingir o potencial de um público de 13 milhões de clientes do banco e que cresce a cada hora. Todos os dias, 30 mil novos chegam no aplicativo. E também precisa provar aos investidores que pode crescer e quem sabe virar uma hiperloja como o Mercado Livre.
Hoje o banco tem no marketplace vendedores do tamanho de uma Casas Bahia, por exemplo. Rodrigo Gouveia diz que o próximo passo é levar as pequenas lojas para o shopping e entrar na cauda longa, ou seja, vender de tudo o que a pessoa quiser comprar. Para isso, o Inter Shop vai se aproveitar de uma outra sinergia com o banco Inter: os clientes pessoas jurídicas e MEI. Ou seja, o Inter quer vender os produtos dos seus próprios clientes. Mas a empresa também vai usar e abusar da nova parceria com a Linx/Stone, que tem na sua carteira de clientes justamente este perfil de clientes e que virou sócio do Inter recentemente, para juntos construirem este shopping para o público das pequenas empresas.
Fonte: Veja