13/11/2014 | 12:05 – Atualizado em: 13/11/2014 | 12:05
Em relação ao caso JBS, o Luciano Coutinho afirmou que já apresentou as informações pertinentes ao TCU
São Paulo – Em meio às incertezas do mercado em relação à apresentação da nova equipe econômica, principalmente após o governo sinalizar o abandono da meta de superávit primário neste ano, o presidente do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Luciano Coutinho, se mostra otimista com o desempenho da economia nos próximos quatro anos.
”Enxergo com relativo otimismo, pois creio que há certas demandas e convicções da sociedade que estão enraizadas. Sabemos da importância da estabilidade para criar condições para retomar o crescimento”, disse o executivo durante o CEO Summit, evento dedicado ao empreendedorismo, que acontece nesta quinta-feira em São Paulo.
Coutinho citou, entretanto, uma pesquisa encomendada pelo banco que apontou a decisão dos empresários em postergarem os investimentos neste ano. ”Mas os projetos para investimentos futuros se mantiveram incólumes. Os investidores não desistiram do Brasil e isso me dá confiança. Não vejo nada que não possa ser corrigido”, disse o presidente do BNDES, que admitiu também a necessidade de reformas a serem promovidas pelo governo.
Coutinho acredita que, quando for possível retomar a redução da Selic, o mercado de capitais deve voltar a aquecer. ”Isso é importante para a capitalização de empresas. Não estou dizendo quando, mas acho que o mercado de capitais brasileiro precisa se abrir mais para a pequena empresa. Nós temos trabalhado muito junto a BM&FBovespa no mercado de acesso, o que é especialmente importante para o desenvolvimento das empresas da área de inovação”, afirmou.
JBS
Ao ser questionado sobre a possibilidade de recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF), após o Tribunal de Contas da União (TCU) ter recusado o recurso do banco para proteger informações detalhadas sobre operações de empréstimos ao grupo JBS, que somam R$ 7,5 bilhões, Coutinho afirmou que os dados pertinentes já foram encaminhados.
”É um problema jurídico. Fornecemos todas as informações a respeito do grupo, até porque é uma empresa de capital aberto. O que se deseja é devassar o coração do sigilo bancário, protegido por uma lei complementar que estou obedecendo. E esse é um assunto técnico que será definido na esfera pertinente”, pontuou.
Brasil Econômico on-line – SP