As vendas do varejo restrito — que não consideram o comércio de veículos e materiais de construção — encerraram o mês de agosto com vendas 33% maiores do que as registradas em abril, o fundo do poço do comércio brasileiro durante a pandemia de covid-19.
Com o desempenho, o setor foi em apenas 4 meses do “fundo do poço”, registrado em abril, para o recorde da série histórica em agosto, quando registrou o maior nível desde janeiro de 2000.
Dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgada nesta quinta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostram que as vendas do varejo cresceram 3,4% em agosto, frente a julho, com ajuste sazonal.
Cristiano Santos, gerente da PMC, disse que três fatores explicam boa parte da rápida recuperação do varejo após o choque inicial da pandemia de covid-19: juros baixos, maior oferta de crédito e o auxílio emergencial de R$ 600 oferecidos pelo governo.
“A pandemia mudou rapidamente as referências de ‘fundo do poço’ e de pico da série histórica”, disse ele.
Móveis e eletrodomésticos e material de construção têm sido destaques na recuperação após o choque da pandemia. As vendas desses setores crescem, respectivamente, 6,9% e 4,9% no acumulado do ano até agosto.
Fonte: Valor Invest