07/11/2014
São Paulo – Com peças cada vez mais sofisticadas, redes de bijuterias e semijoias têm ampliado as operações para atender ao crescimento da demanda. Impulsionadas pelo aumento no preço do ouro, a previsão é da categoria crescer 5% este ano.
De acordo com um levantamento feito pela Global Jewelry Information Website (CREBi), nos sete primeiros meses deste ano o setor registrou queda de 20% nas importações e exportações.
Entre as companhias atentas ao potencial do segmento está a rede Mapa da Mina. Especializada em semijoias, a empresa carioca prevê chegar a 120 unidades até 2016, como informou o diretor da marca, Marcos Pertile. “Hoje temos cinco lojas em operação. Até o final deste ano serão mais dez, sendo que apenas quatro são próprias”.
No franchising há menos de um ano, a rede apostava só nas classes C e D, mas passou a ampliar o mix de produtos de olho no consumo da classe B. Para Pertile, esse perfil já corresponde a 46% do mercado de semijoias no País. Por conta disso, a empresa tem procurado expandir em áreas de consumo que envolvam esses consumidores. “Começamos a atuar em shopping centers para chegar a este público. Acabamos de abrir a primeira loja no Madureira Shopping, no Rio de Janeiro”.
Com mais de três mil itens no portfólio – todos de fabricação própria – a Mapa da Mina tem capacidade de produzir até 250 mil peças por mês. Mensalmente, a rede vende para mais de 2800 clientes, sendo que em média cada consumidor compra ao menos três peças. Ao projetar incremento de 15% este ano, a empresa prevê faturar R$ 10 milhões. O tíquete médio da marca fica entre R$ 35 e R$ 40.
Venda direta
Nascida há dois anos como um comércio virtual (e-commerce), a Das As Bijoux é outra que tem ampliado os canais de venda. A marca tem investido no atendimento pelo Instagram, pelo Whatsapp e também na área de venda direta. “A aceitação dos produtos é grande, ainda mais com a crise. Muitas pessoas passaram a comprar as peças para utilizar com outras joias, já que o acabamento está cada vez mais sofisticado”, afirmou uma das sócias, Ana Aquino.
Com mais de 250 peças no portfólio, a marca está em duas lojas da rede Mercadinho Chic!, localizadas no bairro dos Jardins, na capital paulista. Ao projetar triplicar as vendas por conta do período de Natal, a marca aposta ainda mais na venda direta para crescer. “Temos um sistema onde deixamos os produtos na casa da cliente e, posteriormente, elas ligam para efetuar o pagamento dos itens escolhidos”. O tíquete médio é de R$ 150.
Evento do setor
Iniciada ontem em São Paulo, a 67ª Feira Internacional de Bijuterias, Acessórios, Joias de Prata, Folheados e Semijoias (Bijoias) prevê movimentar até R$ 69 milhões em negócios. Com mais de 180 expositores, o evento – que vai até amanhã – promove os lançamentos de pronta-entrega direcionados para as vendas de fim de ano e do Alto Verão 2015.
A empresa promotora da feira B8 Eventos diz que as perspectivas são positivas, já que o País conta com mais de três mil empresas no setor. Estas, juntas, movimentaram R$ 600 milhões em 2013. “Hoje, os acessórios são obrigatórios na composição de qualquer look, rejuvenescendo e agregando estilo ao visual”, disse a diretora-geral da feira, Vera Masi.
DCI – SP