A SBVC (Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo) divulgou nessa semana a sexta edição do ranking com as 300 maiores empresas do varejo no País. Entre elas, há 11 varejistas de Santa Catarina de diversos segmentos, como supermercados, lojas de departamento, eletrodomésticos, material de construção e moda. A Havan e o Angeloni são as empresas catarinenses que aparecem entre as 50 melhores do ranking.
No ranking de varejistas, as empresas do Estado estão assim colocadas: Havan (11º), Angeloni (45º), Drogaria Catarinense (58º), Giassi (62º), Koch Hipermercados (63º), Cia. Hering (81º), Mundial Mix – Imperatriz (119º), Portobello Shop (171º), Lojas Koerich (189º), Cassol (238º) e Marisol (281º).
Por segmento, a Havan é a segunda melhor colocada entre todas as lojas de departamento do País. A Cassol está em nono lugar no segmento de materiais de construção. Entre as empresas de moda, calçados e artigos esportivos a Cia. Hering aparece em 11º e a Marisol na 42ª posição do ranking varejista.
Entre as 50 varejistas que mais abriram lojas em 2019, a Marisol, empresa de moda de Jaraguá do Sul, aparece em quarto lugar e o Koch em nono. A Marisol também está no ranking das empresas presentes em um maior número de Estado (26) acompanhada da Portobello Shop (26) e da Cia Hering que tem lojas nos 26 Estados brasileiros e no Distrito Federal.
Essas mesmas empresas também figuram entre as que têm o maior número de lojas franqueadas no País: Cia. Hering, 641, Portobello Shop, 114, e Marisol com 101 franquias.
Os maiores empregadores
O varejo é o maior empregador privado do País. Entre as varejistas listadas no ranking da SBVC, estão três empresas de Santa Catarina. A loja de departamentos Havan empregava, em 2019, 22 mil pessoas. A Cia. Hering tinha em seu quadro de funcionários, 11.353 profissionais e o Angeloni era foi o responsável, no ano passado, por 8.737 empregos no Estado.
Os maiores em números de lojas
Entre os 50 varejistas com o maior número de lojas no País, Santa Catarina tem duas empresas. A Cia. Hering, que em 2019 tinha 761 lojas, e a Drogaria Catarinense com 503 unidades.
Faturamento acima de R$ 1 bilhão em 2019
Havan + R$ 10 bi
Angeloni + R$ 2,7 bi
Drogaria Catarinense + R$ 2,3 bi
Giassi + R$ 2 bi
Koch + R$ 2 bi
Cia. Hering + R$ 1,7 bi
Havan é a 4ª maior de capital fechado
A loja de departamentos Havan é a quarta maior rede varejista de capital fechado do Brasil, segundo o ranking da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo. Em agosto passado o empresário Luciano Hang, dono da Havan, registrou a intenção abrir o capital da empresa na Bolsa de Valores. Além da Havan, aparecem na lista de maiores empresas de capital fechado do País, o Angeloni (31º) e o Giassi (46º).
Supermercados têm estratégia regional
O estudo da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo mostra que uma característica muito importante do setor de supermercados no País é a força regional e local que detêm no mercado. Isso porque entendem as necessidades dos consumidores da região onde as lojas estão instaladas.
No Angeloni, a 45º maior varejista do Brasil, segundo o ranking com as 300 maiores empresas do varejo, o relacionamento com o cliente é uma estratégia da marca, segundo a própria empresa. A rede também investe em tecnologia e é um dos pioneiros no segmento de supermercados a implantar o canal online há mais de 20 anos. No ranking, a operação de e-commerce do Angeloni é a terceira do Brasil em faturamento no segmento de supermercado/hipermercado.
O presidente da Acats (Associação Catarinense de Supermercados), Paulo Cesar Lopes, comentou que há algum tempo as empresas têm investido na venda online e que a pandemia acelerou a adesão dos supermercados que ainda resistiam ao digital. “Acredito que seja um caminho sem volta, porém, de forma alguma substituirá o modelo presencial. Os formatos irão coexistir e se complementar”, disse.
A Acats fez uma pesquisa sobre o comportamento de vendas por canais digitais nos supermercados do Estado durante a pandemia. O resultado indicou crescimento médio de 110% em vendas por canais digitais, incluindo operações de retirada na loja, tele entrega através de redes sociais, aplicativos e e-commerce direto.
Nova realidade de consumo
Os varejistas de Santa Catarina estão avaliando como será a nova realidade de consumo no Estado, segundo afirmou o assessor institucional da FCDL (Federação das Câmaras de Diretores Lojistas) catarinense, João Carlos Dela Roca. “Alguns questionamentos vieram à tona, se os consumidores estão pesquisando mais da forma online antes de comprar, se o comércio digital seguirá em alta e se a frequência das visitas às lojas físicas será reduzida pelo receio do consumidor ou mesmo por medidas restritivas”, salientou João Carlos.
A presença regional destacada no estudo da SBVC é uma das frentes de trabalho da FCDL junto aos varejistas de Santa Catarina. “O varejo tem uma importância significativa, tanto no número de empregos que gera para o Estado quanto em termo de arrecadação. A federação tem dado muito apoio para que se fortaleça o comércio local. Para que se compre nas lojas da região, até porque a receita fica em santa Catarina. Incentivando as empresas e fortalecendo o Estado”, disse.
Ranking do varejo por segmento
Lojas de departamento, artigos do lar e mercadorias em geral
Havan (11º)
Super, hiper, atacarejo e conveniência
Angeloni (45º)
Giassi (62º)
Koch Hipermercados (63º)
Mundial Mix – Imperatriz (119º)
Drogaria e perfumaria
Drogaria Catarinense (58º)
Moda, calçados e artigos esportivos
Cia. Hering (81º)
Marisol (281º)
Eletromóveis
Portobello Shop (171º)
Lojas Koerich (189º)
Material de construção
Cassol (238º)
Fonte: ND Mais
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