03-11-2014 11h35
Esses países se denominam “zonas livres de McDonald’s”; o continente com menos países onde o McDonald’s está presente é a África
SÃO PAULO – Presente em 119 países, o McDonald’s tem 34.000 restaurantes que agem como mini-embaixadas dos Estados Unidos. Só que 105 nações ou territórios não possuem lojas da maior rede de fast-food do mundo, muitas por conta de um alinhamento ideológico anti-americano.
É o caso de Cuba e Coreia do Norte. Esses países se denominam “zonas livres de McDonald’s”. O continente com menos países onde o McDonald’s está presente é a África, onde ele só está oficialmente no Egito, África do Sul e Marrocos. O que pesa neste caso não é o alinhamento ideológico, mas a pobreza do continente.
Enquanto isso, nas Américas apenas a Bolívia não tem nenhum restaurante em seu território – Cuba possui um na área de Guantánamo, arrendada para os Estados Unidos antes da revolução comunista, mas ele é aberto apenas para funcionários da base norte-americana.
Ideologicamente, Cuba não aceita a presença dos EUA e do McDonald’s e na parte controlada pelo Partido Comunista, não há nenhum restaurante da empresa. Os dois países não possuem relações diplomáticas e há um embargo econômico norte-americano em relação à ilha.
Embora tenha se propagado que a Bolívia não possui restaurantes do McDonald’s por ideologia nos últimos anos, o país já teve restaurantes da franquia de 1997 até 2002, quando abandonou o país por falta de demanda. São quatro anos antes da eleição de Evo Morales, político esquerdista que é apontado como entrave para a rede.
Mesmo Hugo Chávez não proibiu a atuação do McDonald’s na Venezuela – mas a hiperinflação por lá vivida causou um “mercado negro” de Big Macs. O McDonald’s muitas vezes atravessou ideologias: abriu na União Soviética antes do desmoronamento do império comunista, e na grande maioria dos países islâmicos, onde há forte rejeição aos Estados Unidos.
Na Europa, três países não contam com o restaurante: Macedônia, Montenegro e a rica Islândia, embora ele estivesse presente em todos esses países no passado, abandonando-os por falta de rentabilidade.
InfoMoney – SP