31/10/2014 às 14h00
Por Adriana Mattos | Valor
Divulgação
SÃO PAULO – A direção do Magazine Luiza disse que apresentará melhores resultados neste ano, sobre 2013, cumprindo o que a empresa pregou, disse o diretor superintendente Marcelo Silva, e informou que a companhia está confiante com as vendas de fim de ano. Números publicados ontem pela empresa mostraram lucro líquido de R$ 42,1 milhões de julho a setembro, crescimento de 65,8%. A margem de lucro antes de juros, impostos, amortização e depreciação (ebitda) atingiu 7,4%, alta de 1,3 ponto percentual em relação ao ano anterior. Papel da empresa crescia 6,71% às 13h10, com o papel em R$ 8,41.
Até o fim de 2014, a companhia prevê 20 inaugurações de lojas, sendo que no terceiro trimestre foi apenas uma abertura. Questionado sobre a expansão orgânica mais lenta, Silva disse que a companhia esteve focada em seus projetos de crescimento na Copa do Mundo e que no segundo semestre, uma das prioridades será abertura maior de pontos. No terceiro trimestre passamos a tocar os planos de abertura para que elas pudessem ocorrer entre outubro e novembro, disse Silva ao Valor. A companhia deve reformar 60 lojas no ano.
O executivo disse ao Valor que a empresa planeja volume maior de aberturas para 2015, em relação ao total de 23 inaugurações de 2014. A estimativa é de 30 a 40 aberturas no ano que vem. Perguntavam se o segundo semestre seria difícil, mas já vencemos a primeira batalha com os números do terceiro trimestre. Nossa estratégia é registrar vendas em expansão de dois dígitos e queremos manter nossos níveis de rentabilidade, disse ele. Além de margem ebitda em crescimento, a margem bruta da empresa foi de 28,4% de julho a setembro, versus 28,3% no mesmo período de 2013. As vendas líquidas subiram 18,3%, para quase R$ 2,4 bilhões no terceiro trimestre.
A companhia ressaltou ao Valor que está em processo de definição de orçamento para 2015, e deve trabalhar com projeção de inflação dentro da meta, Produto Interno Bruto baixo e expansão nas vendas em dois dígitos baixo em 2015. Nos últimos anos, a empresa apurou crescimento médio de 15%, considerado pela rede dois dígitos médio de expansão.
Em teleconferência com analistas, a rede ressaltou que deve manter a política de concessão de crédito conservadora, e que essa postura tem levado a empresa a registrar uma carteira mais saudável, com redução nas perdas. A provisão para devedores duvidosos caiu 20% de julho a setembro em relação ao ano anterior.
(Adriana Mattos | Valor)
Valor Econômico on-line – SP