Pesquisa do aplicativo Mobills mostra que gastos com delivery quase dobraram entre janeiro e maio, com níveis crescentes a partir de abril, auge da quarentena e do isolamento social
As vendas por delivery cresceram quase 100% entre janeiro e maio deste ano na comparação com igual intervalo do ano passado, segundo pesquisa realizada pela Mobills, startup de gestão de finanças pessoais. A empresa analisou dados de mais de 160 mil usuários do aplicativo Mobills e constatou que os gastos com os principais aplicativos de entregas focados no delivery de comida (Rappi, Ifood e Uber Eats) cresceram 94,67% no período.
Mas ao contrário do que a quarentena poderia sugerir, o primeiro mês da pandemia (março) registrou queda de 16,98% na comparação com fevereiro. Para o CEO da Mobills, Carlos Terceiro, a queda pode estar relacionada com o medo das pessoas diante da incerteza da pandemia.
Depois do primeiro mês de isolamento social, os dados apontam crescimento constante. Em abril, o crescimento representou 60,67% em comparação com março, e em maio, 39,58% em comparação com abril. “O que podemos perceber foi que o aumento no delivery ocorreu de forma balanceada e gradual à medida que outras despesas foram ficando menores, como com transporte e lazer”, diz Terceiro.
DESTAQUE PARA QUEM OFERECE MAIS
A Rappi, que além do delivery alimentício oferece entrega de supermercado, farmácia e compras em geral, foi o aplicativo que teve maior aumento no tíquete médio. Em maio, o valor médio das transações era R$ 97,20, o que representa aumento de 92,4% em comparação ao mês de janeiro, onde o gasto médio era de R$ 50,51.
O Ifood manteve o tíquete médio estável até março, quando começou a apresentar crescimento. Em janeiro e março, os gastos em média eram de R$ 35,00, em maio, o valor cresceu para R$ 42,00 representando 22,3% de aumento em comparação a janeiro.
O Uber Eats não apresentou crescimento no tíquete médio, mantendo o valor por volta de R$ 36,00 em maio.
Fonte: Consumidor Moderno