Mobly firmou parceria com uruguaia nocnoc para aumentar catálogo de produtos. Itens de decoração, iluminação e residência inteligente estão na Mobly Internacional
A Mobly vende produtos para casa em canais online e offline. Agora, abriu uma seção virtual apenas para vender itens americanos e chineses. A iniciativa veio a partir de uma parceria com a startup uruguaia nocnoc, que ajuda comeciantes da China e dos Estados Unidos a entrar em marketplaces latino americanos.
Decoração, iluminação e residência inteligente (smart home) são algumas categorias presentes na loja internacional da Mobly. Aberta no início de maio, a seção já conta com cerca de 100 itens. Serão milhares de produtos até o final deste ano.
“Produtos de outros países aumentam o sortimento de produtos no nosso site. Somos especializados em móveis, mas podemos crescer em categorias como a de residência inteligente”, diz Hilka de Castro, diretora de marketplaces e de parcerias B2B.
A loja internacional deve ter um “percentual representativo” nas vendas da Mobly. “Temos itens mais acessíveis do que os nacionais, mantendo design e qualidade. São produtos que não se encontram facilmente no mercado, então veremos um alto crescimento”, diz Hilka.
Nocnoc: marketplaces americanos e chineses na AL
Segundo Ilan Barjalia, cofundador da nocnoc, muitos podem desistir de viagens para China e Estados Unidos por conta da pandemia. A decisão inclui deixar de comprar pessoalmente produtos de decoração, iluminação e residência inteligente.
A parceria com a Mobly marca a entrada da nocnoc por aqui com seu serviço de inserção internacional nos e-commerces e marketplaces locais. Antes, a startup uruguaia só fornecia logística transfronteiriça — e foi assim que acumulou uma carteira de sellers internacionais, especialmente chineses.
A nocnoc agora negocia a entrada desses vendedores americanos e chineses no grande mercado consumidor latino-americano, sem que eles invistam em marketing ou entendimento da legislação local. Os sellers internacionais apenas se cadastram na plataforma da nocnoc, que os publica em diversos comércios eletrônicos e plataformas multimarcas da Argentina, do Brasil, do Peru e do Uruguai. A nocnoc cobra uma comissão desse vendedor a cada comercialização.
“Os marketplaces geralmente não tem a capacidade de conexão direta com os vendedores americanos e chineses. É um processo complicado”, explica o outro cofundador, Diego Szilagy.
Já para os brasileiros, a nocnoc cuida de negociação, pagamento com conversão das moedas, impostos devidos e envios internacionais. Os e-commerces e marketplaces ganham uma oportunidade adicional de vendas sem precisar criar estoque próprio. “Ter vendedores internacionais já estava nos planos da Mobly. A nocnoc ajudou a acelerar isso. Negociarmos sozinhos com vendedores americanos e chineses demoraria bem mais”, afirma Hilka.
Entre janeiro e fevereiro deste ano, a nocnoc enfrentou uma baixa na oferta de produtos com fábricas fechadas na China. A produção e a entrega já se recuperaram. “O e-commerce surge como uma solução para lojas que não têm como vender fisicamente. As lojas virtuais podem atuar sob demanda conosco, sem uma exposição grande a câmbio ou estoque”, diz Barjalia.
Agora, a expectativa é alta para o Brasil. “É um mercado com um volume importante de pessoas acostumadas a comprar no exterior, muitos marketplaces e uma expectativa grande de vendas dos sellers internacionais. Temos parceiros locais agora. Acreditamos que será nosso mercado mais importante”, completa o cofundador.
Fonte: PEGN