Apesar de ter apresentado queda de 1,1% no último mês de agosto, o comércio varejista cearense acumula um crescimento de 4,2% no volume de vendas neste ano, de acordo com a Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O Ceará aparece empatado com Rondônia e apresenta a segunda maior alta do País, perdendo apenas para o Acre (4,9%). Alagoas (3,9%) está na terceira posição.
No acumulado dos 12 meses, o Ceará contabiliza um incremento de 3,5%. Das dez atividades pesquisadas pelo IBGE, apenas três registraram resultados negativos no Estado em agosto: móveis e eletrodomésticos (- 10,8%); livros, jornais, revistas e papelaria (- 16,9%); e veículos, motocicletas, partes e peças (- 8,7%). Essas quedas, porém, foram suficientes para influenciar a retração de 1,1% no geral.
As três maiores altas foram dos seguintes segmentos: material de construção (13,3%); tecidos, vestuário e calçados (10,3%); e combustíveis e lubrificantes (6,6%). Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (6,4%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (3,9%); equipamentos e materiais para escritório, informática e comunicação (4,3%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (1%) também subiram.
Destaque
Para o lojista Riamburgo Ximenes, o varejo cearense está conseguindo se destacar no cenário nacional porque as empresas têm se esforçado para vender em um momento em que a economia brasileira não está tão aquecida, realizando diversas promoções, por exemplo.
“Nosso varejo é bem agressivo, e isso faz toda a diferença em momentos de crise. Estamos fazendo várias promoções para manter o faturamento, mas isso não significa que estamos tendo lucro”, afirma. Ele destaca que o setor de vestuário, segmento em que atua, vem passando por dificuldades.
“Não estamos preocupados apenas com o apurado, mas com a sustentabilidade desse apurado. Tem muitos lojistas que não estão tendo lucro”, acrescenta, dizendo que a empresa da qual é proprietário deverá fechar este ano com um crescimento de 2%.
Nacional
No Brasil, os piores resultados em agosto foram identificados em São Paulo (14%), Espírito Santo (9%) e Paraná (8,9%). O comércio varejista do País, porém, registrou crescimento de 1,1 % no volume de vendas e de 1,3% na receita nominal.
A média móvel em relação ao volume de vendas permaneceu em queda, com – 0,2%. Já no que se refere à receita nominal, a média móvel continuou positiva em 0,2%. Nas demais comparações, obtidas das séries originais (sem ajuste), o varejo nacional obteve, em termos de volume de vendas, taxas de -1,1% sobre agosto do ano anterior e de 2,9% e 3,6% nos acumulados dos oito primeiros meses do ano e dos últimos 12 meses, respectivamente. Para os mesmos indicadores, a receita nominal de vendas apresentou taxas de variação de 5,2%, 9,2% e de 10,1%, respectivamente.
Atividades
Nos resultados de agosto sobre o mês anterior, observa-se que oito das dez atividades pesquisadas apresentaram variações positivas no volume de vendas.
Os resultados anotados foram os seguintes: equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (7,5%); tecidos, vestuário e calçados (3,2%); artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (2,5%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (1,6%); combustíveis e lubrificantes (1,4%); móveis e eletrodomésticos (1,3%); material de construção (0,2%); hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-0,1%); e veículos e motos, partes e peças (-2,5%).
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