A fim de reverter a queda de vendas experimentada em 2019, a Cia Hering informou que vai aumentar o nível de investimentos em 2020. O orçamento prevê desembolsar R$ 77,9 milhões neste ano, 20% a mais que o aplicado noexercício anterior. “Nosso plano de investimentos para o ano segue focado nas alavancas de geração de receita, com expansão de novos formatos e reformas, e em tecnologia e inovação, com foco no Omnicommerce e ciência de dados”, afirma a empresa em comunicado ao mercado.
Do total, R$ 32,9 milhões serão destinados a projetos na área de TI (Tecnologia da Informação). Outros R$ 31,1 milhões estarão reservados para a área de lojas, entre inauguração de unidades e reformas. Os restantes R$ 13,9 milhões envolvem projetos nas fábricas e logística entre outros planos.
O segundo e o quarto trimestres foram os mais difíceis para a companhia ao longo de 2019, ficando abaixo das expectativas do mercado. A receita líquida não caiu tanto, mas o lucro líquido despencou nesses períodos. Os ganhos do último trimestre do ano recuaram 33,8% na comparação com o mesmo trimestre de 2018. Registraram R$ 63,2 milhões. Como o primeiro e o terceiro trimestre foram melhores, o lucro líquido do ano diminuiu 10,4% quando comparado a 2018. O lucro líquido foi de R$ 214,7 milhões em 2019.
RECEITA DO ANO PRATICAMENTE REPETE 2018
Os fracos resultados das vendas de Natal afetaram o trimestre, como a Cia Hering já sinalizara na prévia apresentada em janeiro. A receita líquida de outubro a dezembro somou R$ 426,7 milhões, queda de 4,7% sobre o último trimestre de 2018. No ano, a receita líquida totalizou R$ 1,54 bilhão, 0,6% acima do obtido em 2018.
De acordo com o balanço financeiro, a receita bruta de Hering, Hering Kids e Dzarm cresceu, enquanto diminuiu o faturamento da PUC, que perdeu 22 lojas ao longo do ano, e de outras fontes de receita no varejo, como a venda de saldos de coleção.
Como já informara em janeiro, a companhia encerrou 2019 com 741 lojas, das quais 20 no exterior. E são também 20 a menos do que operava em 2018.
Entre os canais de venda, as multimarcas que respondem pela maior parte do faturamento da companhia continuam a reduzir participação no bolo. Contudo, a Hering reforça que se mantém confiante na estratégia que adotou para recuperar vendas com esse atacado. Destaca que o modelo envolve ações “que englobam a racionalização da base de clientes estreitando o relacionamento com clientes de maior relevância, ampliando o rol de iniciativas para melhor ativação da marca no ponto de venda e ganho de ‘share-of-wallet’ e testando novos formatos de ‘go-to-market’ que levem a novas avenidas de crescimento dentro do canal.”
Fonte: GBL Jeans