Pressionada por uma mudança de hábitos de consumo e crise econômica, a rede Leroy Merlin passou os últimos cinco anos investindo para ser a empresa mais tecnológica do seu setor. A varejista de produtos de construção investiu na reconstrução de seus sistemas internos, contratou 300 desenvolvedores e firmou parcerias com dezenas de startups.
A empresa, há 22 anos no Brasil faz parte do grupo francês Adeo, que também controla no país as marcas Decathlon, de artigos esportivos, e Obramax, atacado para pequenos lojistas de construção. Nos últimos meses, o grupo decidiu encerrar as operações no Brasil de outras duas marcas: a Kiabi, de fast fashion, e a Zôdio, de artigos para casa, artesanato e decoração.
A Leroy Merlin não divulga o faturamento. A pesquisa de 2019 do Ibevar (Instituto Brasileiro de Executivos de Varejo) estima que a empresa tenha um faturamento de 6,2 bilhões de reais. É a maior do setor de construção, à frente do Grupo Herval, com 3,3 bilhões de reais, Telha Norte, com 2,5 bilhões de reais e C&C, Casa e Construção, com 2,2 bilhões de reais em receitas.
Para se adequar à nova realidade do mercado, a Leroy Merlin começou a investir mais fortemente em tecnologia em 2013. Em 2018, a empresa lançou novidades no atendimento ao cliente e, em 2019, passou a focar em serviços.
Ao invés de contratar sistemas já existentes de empresas de tecnologia, a empresa contratou 300 desenvolvedores e criou um laboratório de inovação. A Leroy tem mais de 10 mil funcionários no Brasil, contando a equipe de loja.
Além disso, firmou parcerias com startups para acelerar o lançamento de novidades. O desenvolvimento de novas tecnologias ficou até 70% mais rápido com a nova estrutura.
Fonte: Exame