O volume de vendas no varejo cresceu 0,6% em novembro de 2019, perante um mês antes, pela série com ajuste sazonal da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), divulgou nesta quarta-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Foi o sétimo mês consecutivo de crescimento do varejo, período em que acumulou alta de 3,3%. Em outubro, as vendas haviam crescido 0,1% na comparação a setembro.
A leitura de novembro ficou bem abaixo da mediana das projeções de 30 consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data, de alta de 1,3%. O intervalo das projeções ia de queda 0,3% a uma alta de 3,5%.
Perante novembro de 2018, o varejo cresceu 2,9%. Desta forma, as vendas passaram a acumular alta de 1,7% no ano e de 1,6% nos últimos 12 meses até novembro.
O IBGE informou ainda que a receita nominal do varejo (que não desconta a inflação) cresceu 0,9% na passagem de outubro para novembro de 2019 e 4,9% em relação ao penúltimo mês de 2018.
Varejo ampliado
Incluindo materiais de construção e veículos, as vendas no varejo surpreenderam negativamente ao recuar 0,5% em novembro, na comparação a outubro. Consultorias e instituições financeiras ouvidas pelo Valor Data esperavam, pela mediana, crescimento de 0,4% do varejo ampliado no período. As projeções iam de queda de 0,5% a alta de 1,6%.
Dados do IBGE mostram que as vendas de automóveis recuaram 1% no mês de novembro enquanto o comércio de materiais de construção tiveram leve alta de 0,1%.
Frente a novembro de 2018, o volume de vendas do varejo ampliado aumentou 3,8%. Também houve alta de 3,8% no acumulado do ano e de 3,6% em 12 meses.
No caso da receita nominal do varejo ampliado, o IBGE apontou queda de 0,3% na passagem de outubro para novembro de 2019 e elevação de 5,5% no confronto com novembro de 2018.
Segmentos
Das oito atividades do varejo acompanhadas pelo instituto, quatro tiveram alta nas vendas em novembro. Por ordem de maior impacto positivo, os destaques foram as vendas de artigos farmacêuticos e de perfumaria (+4,1% frente a outubro); artigos de uso pessoal e domésticos (+1%); e móveis e eletrodoméstica (+0,5%).
O quarto setor em alta foi o de equipamentos para material de escritório, informática e comunicação, com avanço de 2,8%. Esse ramo, contudo, tem peso pouco relevante para o resultado geral da pesquisa, uma vez que responde por apenas 1,2% das vendas totais do varejo.
O varejo não cresceu mais no mês porque o setor de maior peso na pesquisa, o de hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, ficou estável ante outubro.
Com taxas negativas, apareceram combustíveis e lubrificantes (-0,3%); tecidos e vestuários (-0,2%); e livros, jornais, revistas e papelaria (-4,7%). Neste último caso, a intensidade da queda reflete a mudança estrutural de produtos impressos.
Fonte: Valor Econômico