A operação da Arezzo nos Estados Unidos atingirá o ponto de equilíbrio ou até mesmo margens positivas em 2020, segundo Alexandre Birman, presidente da companhia.
Em teleconferência com analistas para falar sobre o resultado do segundo trimestre, o executivo disse que a operação passou por ajustes nos últimos meses e que o foco está no aumento da receita. De acordo com Rafael Sachete, diretor financeiro da companhia a operação no país representa 10% da receita da companhia.
Birman afirmou que a companhia vem tendo um bom desempenho no canal multimarcas e nas lojas próprias em Miami e Nova York também. “A loja no Ventura Mall [em Miami] tem uma venda de US$ 230 mil, acima do seu ponto de equilíbrio”, disse. Sobre a operação em San Francisco, ele disse que o desempenho tem sido abaixo do esperado, mas que ainda há confiança na cidade e nos consumidores da região. O executivo também disse que as exportações para outros países não são um foco prioritário para a companhia. Perguntado sobre as operações multimarcas, Sachete disse que a expectativa é de um crescimento de um dígito alto a dois dígitos baixos no terceiro trimestre.
Birman afirmou que a partir de setembro a companhia entrará em um novo ciclo de planejamento estratégico com o apoio de uma consultoria que já trabalhou com ela, mas não revelou o nome nem mais detalhes do processo.
Durante a teleconferência, Birman e Sachete falaram dos esforços na área digital da companhia e da importância do uso de dados na tomada de decisões. Recentemente a companhia comprou um sistema da francesa Tableau, comprada pela Salesforce, para auxiliar na coleta e na análise de informações.
Birman afirmou que o projeto de uso de etiquetas de identificação de radiofrequência (RFID) chegará a 15 lojas no segundo semestre e a todas até o fim do ano que vem. A ideia, inicialmente é usar a tecnologia para melhorar o controle de estoque e giro de produtos. “Como temos 90% da produção no Vale dos Sinos, fica fácil incluir as etiquetas nos produtos porque não precisamos refazer esse processo depois, que é a principal dor do varejo”, disse.
Fonte: Valor Econômico