Os consumidores vão demandar mais agilidade nas entregas e a eliminação, por total, das barreiras entre o físico e o virtual no comércio eletrônico, em 2019. Além disso, o uso de criptmoedas e outras alternativas de logística serão tendência no comércio eletrônico brasileiro.
Esta é a avaliação do diretor da unidade de negócios para e-commerce da companhia de tecnologia para o varejo Linx, Mauricio Correa. “O próximo ano deve representar uma revolução na maneira com a qual marcas e consumidores se relacionam no ambiente online.” Confira as dez tendências para o segmento online, no próximo ano, listadas pelo especialista.
1 – Entregas no mesmo dia
Apesar de agradar os clientes, é uma ação que exige um novo pensamento logístico, como a descentralização dos Centros de Distribuição. Isso significa passar a utilizar diversos estoques menores, que podem ser as lojas físicas de uma rede, localizados em regiões estratégicas. Assim, é possível manter os produtos mais próximos do cliente final, reduzindo o tempo de transporte.
2 – Novas modalidades de entrega
Uma nova leva de meios logísticos deve ganhar força no mercado, como os carros autônomos. Por outro lado, empresas como a Amazon já apostam em drones para fazer esse trabalho nos Estados Unidos. No Brasil, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) ainda estuda uma proposta para regulamentar a atividade. No entanto, meios que já estão se estabelecendo por aqui são os aplicativos de entregas, que suprem a crescente necessidade de consumidores que precisam de atendimento 24 horas dia.
3 – Criptomoedas
Existe uma série de benefícios tanto para quem compra quanto para quem vende produtos online utilizando criptomoedas, como o custo da transação, velocidade de recebimento, ampliação das fronteiras graças à venda internacional e segurança.
4 – Assinatura de diversos produtos
Existe um interesse crescente dos clientes em receber, mensalmente, produtos como cosméticos, alimentação e higiene. Isso se deve às vendas a preços mais baixos e à comodidade de não precisar repetir o mesmo processo de compra com frequência.
5 – Lojas pop-up para e-commerce
As chamadas pop-up stores são lojas virtuais que ficam por um período determinado em um local físico, focando as vendas em produtos relacionados a uma data específica, como o Natal. Entre as vantagens dessa modalidade, estão o baixo custo com aluguel, maior atenção ao público e, claro, divulgação da marca.
6 – Omnicanalidade
Os consumidores desejam encontrar cada vez menos barreiras entre o online e o offline, e quem apostar nesta tendência estará à frente da concorrência. Um estudo realizado pela Deloitte mostrou que os clientes que transitam entre os canais gastam 82% a mais do que aqueles que utilizam tradicionalmente apenas um ponto de contato. Por isso, a integração entre os ambientes físicos e virtuais deve se popularizar a cada ano que passa.
7 – Automatização do atendimento
Quando o cliente consegue tirar dúvidas sobre produtos ou detalhes da compra de forma fácil e rápida, as chances de torná-lo fiel aumentam. Ao mesmo tempo, esse cliente está cada vez mais conectado e exigente, necessitando ser atendido 24 horas por dia, nos sete dias da semana. Isso indica que o atendimento por meio de canais como FAQs ou chatbots deve crescer.
8 – M-commerce
A expansão do mercado de dispositivos móveis está impulsionando as vendas por este meio. Considerando que o pagamento via smartphones e tablets ficará mais popular à medida que os consumidores se sentirem confortáveis, essa é uma tendência que não deve parar de crescer.
9 – Aumento do uso de vídeos
Uma pesquisa feita pela Wyzowl aponta que 81% das empresas usaram vídeos para fins de marketing em 2018, comparado a 63% em 2017. O estudo indica ainda que um usuário assiste, em média, a uma hora e meia de vídeo por dia, enquanto 81% dos consumidores compraram um produto depois de assistir a um deles.
10 – Crescimento dos marketplaces
O estudo Panorama dos Marketplaces no Brasil, realizado pela Precifica, mostra que o número de lojistas que atuam em shoppings virtuais, como Walmart, Americanas e Extra, passou de 7,4 mil em setembro de 2017 para 14,2 mil em setembro de 2018, um crescimento de 90,7%. Considerando que 61% desses vendedores operam em marketplaces há menos de um ano, os marketplaces ainda têm muito espaço para crescer.
Fonte: DCI