Assim como já acontece em algumas farmácias dos Estados Unidos, Canadá e Inglaterra, as grandes redes de farmácias do Brasil têm se encarregado, incansavelmente, em oferecer novos serviços ao cliente. Sergio Mena Barreto, presidente da Abrafarma – Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias, conta, com exclusividade ao Jornal Giro News, que esse processo é o foco da entidade para os próximos anos no País. “Estamos investindo fortemente na implantação de serviços farmacêuticos, com o objetivo de transformar a farmácia numa porta de acesso ao sistema básico de saúde do cliente. Além disso, estamos implantando o serviço de vacinação, testes laboratoriais rápidos e tecnologias de fidelização de cliente, como aplicativos.”, diz.
Projeto de Digitalização em Curso
Sergio confidencia, ainda, que a Abrafarma está com um projeto de digitalização. “Hoje no Brasil, as farmácias tem processos muito analógicos, mas por causa da legislação. Nosso intuito é mudar este cenário. O cliente que toca na tela do celular gostaria de ter essa mesma experiência fácil na loja e não tem ainda. Em Portugal e nos Estados Unidos já é tudo digital.”, declara. Mena Barreto informa que as próximas missões técnicas da entidade serão para Tel Aviv (Israel), que conta com um polo de desenvolvimento grande nessa área, e Milão (Itália), que tem outro modelo de varejo, com serviços. O objetivo é ficar por dentro das inovações que as redes estrangeiras estão implantando em seus países.
Quase 600 Novas Farmácias em 14 Meses
As redes associadas à Abrafarma apresentaram alta de 7,54% em faturamento, no primeiro semestre de 2018. Porém, o destaque são as salas de serviços farmacêuticos (care centers), que passaram de 605 para 1.769. Desse total, 1.050 oferecem oito serviços avançados, incluindo a vacinação. Até o fim de 2018, a projeção da entidade é chegar a 2.100 espaços do gênero operando programas de assistência farmacêutica avançada. “A associação, também, aponta os investimentos em aberturas de lojas. Inauguramos em torno de 600 lojas nos últimos 14 meses e esse investimento continua para os próximos meses.”, complementa o presidente.
Para os próximos anos, Mena Barreto revela que há boas perspectivas para o setor. “A população está envelhecendo, quer dizer que o mercado vai continuar se expandido. Quanto mais idosa a população mais medicamentos consome. Além disso, a indústria de beleza e cosméticos está mais especializada, em constante evolução e as farmácias ainda têm muito potencial para ganhar nesse campo. Ou seja, é um mercado que tem cerca de 15 anos de crescimento fácil, de expansão por conta do tamanho do país, do crescimento da população de idosos e busca por qualidade de vida”, conclui Mena Barreto.
Fonte: GiroNews