Da construção de computadores nos anos 70 até a integração de dados a partir de 2010, o fenômeno O2O é o resultado da evolução histórica da tecnologia, mas também do novo consumidor. Entrega no mesmo dia, retirada em loja, estoque disponível na loja mais próxima, compra em loja e entrega em casa (conceito de “prateleira infinita ou modelo ‘fidigital’) e assinatura com retirada em loja são algumas das estratégias que já funcionam na Petz, empresa que possui mais de 60 lojas físicas e também uma operação online que já se retornou referência no mercado.
Para o head de e-commerce da Petz, Daniel Nepomuceno, é impossível “ficar indiferente à demanda de consumo”. “Precisamos atender os consumidores que querem este tipo de serviço”, disse. Num contexto no qual, 90% dos internautas já acessam a internet via smartphones, dispositivos que são considerados seus “melhores amigos”, o impacto do mobile já representa R$ 10 bilhões de impacto no varejo, segundo estimativas do E-bit. “Clientes omnichannel têm uma média de gasto, considerando a última compra, muito maior”, explicou Nepomuceno. Estima-se que a média de gastos de clientes omnichannel seja de R$ 1115, enquanto os demais gastam, em média, R$ 796.
O2O: online to offline
O chamado O2O (online to offline) está crescendo vertiginosamente, principalmente por conta do aumento da compra online e da retirada na loja física. Estima-se, por exemplo que a busca pelo termo “entrega rápida” tenha tido um crescimento de 430% no Google. Outra pesquisa da Petsmart revelou que de 10% a 18% dos cliques em anúncios do Google converteram em uma visita na loja física nos últimos 30 dias. Nepomuceno citou algumas ferramentas muito úteis como o Store Vists do Google que conecta cliques no Google com visita em loja e o Local Inventory Ads que mostra o estoque do item na loja física como boas opções para quem quer expandir a estratégia do online pro offline.
Dá resultado?
Levar os consumidores do online para offline dá resultados? Segundo Nepomuceno a resposta é “sim”. Se pensarmos nos gastos de mídia (marketing) e na economia do frete, é possível entender que estas são formas eficientes de aumentar a margem de lucro. Outras vantagens de levar o fluxo do online para o off são a possibilidade de dividir o benefício com o cliente, de creditar uma venda para a loja ou vendedor, poder emitir a NF pela loja que entrega mercadoria ao cliente, conseguir realizar trocas de forma mais fácil (a grande maioria dos consumidores troca na loja que comprou) e poder escutar o feedback do consumidor. No caso da Petz, a modalidade de retirada em loja recebeu uma nota próxima de 10.
Fonte: E-Commerce Brasil