As vendas de mantimentos por meio de plataformas de comércio eletrônico cresceram 30% nos 12 meses terminados em março de 2017, aponta o relatório O Futuro do Comércio Eletrônico em FMCG, elaborado pela Kantar Worldpanel.
O estudo mostra que o e-commerce representa agora 4,6% de todas as vendas de produtos de grande consumo globalmente. Enquanto o canal está crescendo, o mercado de FMCG (sigla de fast-moving consumer goods ou bens de grande consumo) caminha lentamente, aumentando apenas 1,3% durante o mesmo período.
O comércio online contribui para o recorde de 36% do crescimento global do FMCG, devendo superar o crescimento do consumo no varejo off-line. “Nossas projeções mostram que em 2025 o FMCG online será um negócio de US$ 170 bilhões e manterá uma participação de mercado de 10%”, afirma Stéphane Roger, diretor global de compras e varejo da Kantar Worldpanel.
Tiago Oliveira, Shopper & Retail manager da Kantar Worldpanel Brasil, comenta que “a demanda é latente no Brasil, visto que 34% dos consumidores buscam informações sobre preço e produto e 20% já compram online, porém a atividade ainda é muito voltada para viagens e eletrônicos em geral. Quando compradas categorias de alto giro, o ticket é 10% superior no online vs offline, sendo realizado por um perfil jovem (até 39 anos) e que deseja facilidade. São buscadores de preço e promoção e têm entre seus principais canais de gasto o atacarejo. O que não favorece o desenvolvimento no Brasil é o fato de a oferta de e-commerce no País ainda ser restrita (somente 2 dos top 5 varejistas oferecem), com experiência de compra longe das que são oferecidas pelas lojas físicas, além de não ofertarem benefícios claros ao shopper (entrega, sortimento e promoção)”.
Ainda segundo o executivo, o desenvolvimento do e-commerce é essencial para que sejam otimizadas as ações de trade da indústria, portanto podendo, além de desenvolver as categorias, maximizar investimento. Tiago diz que aos varejistas é a ferramenta mais oportuna para gerar lealdade: quem compra no online é mais fiel às lojas físicas da mesma bandeira.”
Fonte: Supermercado Moderno