Com um investimento de mais de R$ 275 milhões, o Shopping Metrô Itaquera concluiu na semana passada uma expansão que praticamente dobrou o número de lojas e a Área Bruta Locável (ABL) do empreendimento. A expectativa com a ampliação da oferta é aumentar em 40% o fluxo de consumidores e, consequentemente, as vendas totais.
A expansão é resultado de um trabalho de dois anos preparando o projeto e analisando o ‘mix’ potencial de lojas, conta o superintendente do centro comercial, Jonas Fortes. O aporte veio de um grupo de seis empresas, entre elas o próprio Metrô, e a gestão do empreendimento está a cargo da administradora de shoppings Ancar Ivanhoe.
Segundo Fortes, a expansão entrou em funcionamento na semana passada (dia 26) com 89% do ABL total já locada. Em termos de lojas, foram 120 novas unidades abertas, praticamente dobrando o total de operações em funcionamento antes da ampliação (148).
Até dezembro deste ano, a expectativa da empresa é que 95% de toda a ABL construída com a expansão esteja em pleno funcionamento. “Em dezembro deve faltar umas dez lojas para inaugurar, mas já esperamos que todas estejam comercializadas, com os contratos assinados”, afirma.
De acordo com o superintendente, o shopping aproveitou o projeto para complementar o ‘mix’ de lojas em alguns segmentos em que a presença não era forte. “Tínhamos a maioria das operações, mas precisávamos de alguns complementos”, explica. A companhia fez uma análise junto aos consumidores para identificar qual perfil de loja era desejada pelos clientes.
Com o estudo, Fortes conta que foi identificada a necessidade de abrir mais sete novas âncoras e algumas operações de alimentação, que eram muito demandadas pelos consumidores. Entre elas, ele cita a Renner, Riachuelo, Kalunga, Lojas Americanas e Outback. Além disso, o shopping center ganhou, desde a semana passada, um Carrefour Express, uma Ri Happy e um Polo Wear.
No processo de ampliação do empreendimento foram construídos também dois deck parkings cobertos com cerca de mil vagas. Até então, o shopping contava apenas com um estacionamento descoberto. A mudança, segundo Fortes, deve gerar um acréscimo de público. “Muitas pessoas que não frequentavam por essa falta de infraestrutura podem se sentir mais atraídas para ir até o shopping”, diz. De acordo com ele, a novidade pode aumentar, inclusive, a presença de clientes da classe B. Atualmente, a maior parte do público do shopping center faz parte das classes C e D.
Aumento do fluxo
Com a ampliação da oferta de lojas, o superintendente do centro comercial afirma que há uma expectativa de um incremento da ordem de 40% no fluxo de consumidores, que atualmente gira em torno de 60 mil pessoas diariamente. O aumento deve vir após alguns meses da inauguração. “Nos primeiros dias devemos ver um crescimento do fluxo muito maior do que isso, pelo fato de ser uma novidade, mas depois vai diminuir e na média deve chegar a esse aumento de 40%”, afirma.
O aumento no número de unidades e fluxo de clientes deve gerar um impacto expressivo nas vendas totais do empreendimento. A melhora, contudo, ficará para o ano que vem, com um impacto ainda pequeno nos resultados deste ano. “Em 2018, já com a expansão mais madura, acreditamos que as vendas tenham um crescimento muito grande.”
Para este ano, a expectativa da empresa é de um crescimento de 5% a 6% das vendas dos lojistas, na comparação com o desempenho do ano passado. Em 2016, as vendas também cresceram, atingindo o montante de R$ 551 milhões.
Um dos aspectos que estimulou a aposta do shopping na expansão foi a mudança recente na região de Itaquera (SP). De acordo com Fontes, a construção do estádio do Corinthians e a criação de novas vias de acesso para o bairro, nos últimos anos, contribuiram muito para aumento do fluxo e valorização do local. “A região mudou muito e o shopping vai fomentar ainda mais, com criação de emprego e melhora da qualidade de vida.”
Fonte: DCI