Atualmente, a cidade de São Paulo tem mais de 3500 farmácias espalhadas pelas cinco regiões da cidade, praticamente uma farmácia para cada 3150 paulistanos. Em muitos locais, bandeiras concorrentes disputam clientes no mesmo quarteirão. Diante de tantas opções, muitas vezes é difícil para os clientes decidirem qual a melhor escolha, por isso critérios como preço, atendimento, a variedade de produtos e, claro, as instalações do estabelecimento, são muito observados pelos clientes do setor farmacêutico.
O consumidor paulista vai, em média, duas vezes por mês à farmácia, frequência que dobra no caso de mulheres entre 35 e 50 anos e de pessoas com mais de 60 anos, outro dado importante mostra que o tíquete médio na capital paulista é de 50 reais. Se na maior cidade do Brasil o varejo farmacêutico brasileiro é agitado, em todo o país não poderia ser diferente. Em 2016, as redes de farmácias totalizaram um faturamento de cerca de R$ 1 bilhão no país, segundo estudo realizado pela Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias (Abrafarma).
De acordo com o presidente executivo da Abrafarma, Sergio Mena Barreto, as farmácias conseguiram recuperar parte de sua margem de lucro perdida nos últimos anos principalmente por causa do menor gasto com reposição de produtos e despesas operacionais que favoreceram o resultado expressivo da receita líquida.
O investimento em novas tecnologias é prioridade entre as empresas e um dos principais fatores para o crescimento do faturamento, a pesquisa realizada recentemente pela consultoria Hanson Wade aponta que a principal prioridade para as empresas em 2017 é a implantação de novos modelos baseados em novas tecnologias (38,89%), em segundo lugar está o desenvolvimento de produtos e serviços (16,67%), fidelizar clientes (13,89%), aumentar a cota de mercado (8,33%) e reduzir custos (8,33%) também estão entre as prioridades mais destacadas pelas companhias.
Uma das principais farmácias do estado de São Paulo, a Farma Ponte, decidiu investir em novas tecnologias e implantou sistemas como ERP, RMS e Frente de Loja, que foi implantado em 130 lojas. Segundo Rogério Cruz, vice-presidente de Serviços da Procfit, empresa desenvolvedora das tecnologias, para uma rede farmacêutica ter sucesso no mais populoso estado do Brasil é fundamental uma solução de frente de loja eficiente e eficaz. “Varejistas de sucesso sabem que é preciso entregar aos consumidores uma excepcional experiência de compra no ponto de vendas, com um atendimento rápido e sem nenhum problema ou interrupção, principalmente em uma metrópole como a capital de São Paulo”, afirma Cruz.
Solução completa de gestão econômica e financeira, o ERP ideal deve ter recursos avançados e ferramentas robustas de planejamento, controle e automação das tarefas do dia a dia dos departamentos de controladoria, finanças, tributário e departamento pessoal. Entre as principais vantagens da implantação desse sistema está a integração de dados, dessa maneira toda a empresa poderá acessar de maneira prática e rápida qualquer dado, sem depender de transferências entre departamentos. Isso conduz a empresa em direção a outro ponto vantajoso: a redução de erros e de retrabalho, não havendo mais tanta redundância de informações, quando um setor faz o mesmo trabalho que o outro.
Para o Supervisor de Tecnologia da Farma Ponte, Douglas Rafael, a implantação das tecnologias tem como objetivo o crescimento e a modernização da empresa, simplificando processos operacionais, diminuindo o retrabalho e otimizando os recursos humanos. “As novas tecnologias foram implantadas em pouco tempo, soluções que já possuíamos como convênio e fidelidade se tornaram extensões do ERP, que agora está integrado entre a matriz e as 130 filiais da Farma Ponte. Como departamento de tecnologia, buscamos sempre a melhoria contínua dos processos e felizmente o processo de implantação como um todo ocorreu de maneira simples e dinâmica”, afirma Douglas.
Segundo a INSEAD, principal escola internacional de negócios, em colaboração com a AT&T, as empresas que investem forte em novas tecnologias de informação podem dobrar suas chances de serem altamente competitivas – de 35% para 74%, o que evidencia que a tendência é inovar para se destacar em um mercado cada vez mais acirrado.
Fonte: Panorama Farmacêutico