Em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo, a necessidade de desenvolver habilidades únicas e de se diferenciar dos demais profissionais vem se tornando primordial quando em busca de um novo emprego. Luiza Helena Trajano, presidente do Conselho de Administração do Magazine Luiza (MGLU3), contou no evento Customer Experience Summit um pouco sobre como escolhe os profissionais para a sua companhia.
Segundo ela, o bom relacionamento com pessoas é um grande diferencial e merece ser destacado. Apesar de ter criado um forte modelo de e-commerce e um aplicativo, Trajano reforça que na era digital as pessoas são tão importantes quanto as máquinas, principalmente devido ao maior poder do consumidor: opiniões, desejos e críticas. “São eles que pagam meu salário”, brincou no evento realizado na última quinta-feira (28), em São Paulo.
O mesmo acontece com as empresas. Segundo a executiva, as únicas coisas que separam uma empresa da outra é o atendimento e a inovação; “o resto vira commodity”, diz.
Fundadora de uma das maiores empresas de varejo do Brasil, Luiza Trajano explica que não basta o profissional ser regular, ele precisa ser excelente no que faz para se destacar e ter sucesso. “Ao contrário do regular, o profissional excelente disputa com poucos [nos processos seletivos]”, explica.
Outra característica citada pela executiva é o hábito de fazer perguntas e mais, de mostrar que realmente se importa e quer ouvir a resposta: “Comunicação não é o que você acha, é o que o outro entende”. Ela cita também duas características importantes para o profissional: “Inteligência física” e “inteligência emocional”.
Na primeira, o profissional não apenas quer algo, mas ele cria mecanismos para que aquilo aconteça, traçando metas e estabelecendo objetivos a níveis pessoal e profissional para que se concretize. Já na inteligência emocional, Luiza descreve o profissional que consegue mudar de papel, ou seja, que tem a capacidade de se colocar no lugar do outro. “Isso significa se conectar com o outro sem ter espírito crítico, sem mitificar pessoas ou coisas e sem levar o feedback para o lado emocional”, conclui.
Fonte: Infomoney