Que tal apertar um botão e receber, em poucos minutos, o seu prato favorito? Essa é a nova aposta do iFood, que hoje recebe cerca de 4 milhões de pedidos por mês. Desenvolvido pelo laboratório de inovação da empresa, o dispositivo quadrado cabe na palma da mão. No centro dele está um botão vermelho que pode ser acionado sempre que o usuário quiser pedir o seu prato favorito.
Desenvolvido pelo laboratório de inovação da empresa, o iFood Click é o primeiro projeto de Internet das Coisas da empresa, da qual também faz parte da marca SpoonRocket. Ele foi inspirado no Dash Button da Amazon, que se associou a marcas como Tide, Gillette e Huggies para que os seus clientes pudesses pedir produtos como sabão em pó, lâminas de barbear e fraldas com um simples toque em botões espelhados pela casa.
No caso do iFood, a ideia é que o dispositivo possa ser fixado na geladeira, carregado na bolsa ou deixado sobre a mesa do escritório. Por enquanto, a novidade está sendo testada apenas por usuários assíduos, os chamados heavy users. “Percebemos que, na nossa base de 4 milhões de usuários ativos, cerca de cinco mil repetiam o prato favorito com freqüência. Foi quando tivemos a ideia de facilitar esse pedido”, disse Alexandre Nigri, head de inovação do iFood, durante a visita de participantes do Whow! Festival de Inovação, uma iniciativa inédita do Grupo Padrão, responsável pela publicação das revistas Consumidor Moderno e NOVAREJO.
ERROS E ACERTOS
Nigri explicou que, no passado, o iFood tinha uma área exclusiva de inovação. “Hoje não faz mais sentido limitar a inovação a um grupo de pessoas. A empresa inteira precisa estar envolvida”. Não à toa, a equipe é formada por profissionais de diversas áreas, como designers, antropólogos, jornalistas, especialistas em gastronomia e desenvolvedores.
É prática comum dentro do grupo que os funcionários usem os dados capturados para construir hipóteses. Foi a partir do insight e do comportamento de usuários que surgiram novidades como o iFood Click e o chatbot iFood Guru, testado recentemente pela NOVAREJO.
Mas nem todas as tentativas da empresa são bem sucedidas. Lançado no ano passado, o iFood Now propunha entregar os pratos mais pedidos de alguns restaurantes em até dez minutos. Para isso, motoboys do próprio iFood ficavam a postos para fazer a entrega. O serviço foi descontinuado por falta de interesse dos usuários. “Descobrimos que esse não era um pain point”, diz Nigri. Da tentativa, todos tiraram uma lição: a de que para inovar, é importante saber abraçar o erro.
Fonte: Novarejo