O faturamento do setor de franquias cresceu 9,4%, no primeiro trimestre do ano, na comparação com igual período de 2016, segundo balanço da Associação Brasileira de Franchising (ABF).
A receita passou de R$ 33,7 bilhões para R$ 36,8 bilhões. No acumulado dos últimos 12 meses, o volume de recursos arrecadado com as vendas teve alta de 8,8%.
O presidente da associação, Altino Cristofoletti Junior, disse que os resultados são significativos, se observado o contexto da economia brasileira.
“O dado revela que a recuperação do ritmo de crescimento do franchising é gradativa, ainda abaixo de dois dígitos”, disse.
Em relação ao movimento de abertura de lojas, o levantamento mostra um crescimento de 1,3% na comparação com os três primeiros meses do ano passado. Atualmente, o setor de franquias tem 142.673 unidades no país.
O segmento com maior crescimento no período analisado foi hotelaria e turismo, com alta de 31% no faturamento.
De acordo com a associação, o resultado representa uma recuperação expressiva, tendo em vista que, no mesmo período de 2016, o setor havia registrado 15% de queda na receita.
“A maior estabilidade do dólar e a redução do endividamento das famílias também explicam a significativa expansão”, ressaltou Cristofoletti.
O faturamento relacionado à saúde, beleza e bem-estar registrou o segundo melhor desempenho, com elevação de 17%.
O resultado, segundo a associação, é explicado pelo aumento da busca por produtos e serviços do segmento, o crescimento de franquias de clínicas populares, além da diversificação dos canais de vendas das redes de cosméticos.
Limpeza e conservação, por sua vez, registraram variação positiva de 16% de janeiro a março.
Em relação à localização das unidades, o percentual de cada modalidade de operação manteve-se estável. Predominam as lojas de rua (65,9%) e de shoppings (23%).
Em seguida, estão as unidades no modelo home office (5,3%) e em supermercados (3,6%).
A pesquisa da associação entrevistou cerca de 43% das unidades de franquia, que representam 53% do faturamento total do setor.
Fonte: Exame