A Pesquisa Anual do Comércio (PAC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou, nesta segunda-feira (24), que o faturamento do comércio varejista do Estado de São Paulo atingiu os R$ 512,8 bilhões em 2014, o que corresponde a 30% do total do varejo nacional. O estudo, que foi analisado pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) mostra a concentração de oportunidades de emprego e geração de renda no Estado paulista.
Segundo foi mostrado na pesquisa, o varejo do Estado de São Paulo, composto por 645 municípios, no ano de 2014, era tão grande que empregava 2.512.855 pessoas, um número 2,5 vezes ao das pessoas empregadas no Estado de Minas Gerais, além de ser o equivalente às regiões Nordeste, Centro-Oeste e Norte juntas. O total de rendimentos pagos foi de R$ 45,5 bilhões, quantia maior do que a soma de 22 estados e 3,6 vezes o total do Estado mineiro, segundo colocado no quesito.
Segundo divulgou a FecomercioSP, a remuneração média mensal no Estado é de R$ 1.508,16 – superior a todos os outros brasileiros, além de ser 25% maior do que a média nacional – que é de R$ 1.206,70.
Segundo a assessoria econômica da entidade, São Paulo se destaca por causa da economia diversificada e rica, que faz com que o Estado seja mais independente de setores específicos, que são sujeitos aos altos e baixos das crises. “A produção paulista exporta desde soja até aviões, ou seja, a economia local não fica refém de uma só atividade, justificando o protagonismo do Estado no cenário nacional e internacional”, escreveu a FecomercioSP.
Faturamento por regiões
Entre as 16 regiões analisadas pela Federação, os maiores faturamentos foram registrados na Capital (R$ 160,4 bilhões), em Campinas (R$ 50,5 bilhões), Osasco (R$ 48,8 bilhões) e Ribeirão Preto (R$ 29,7 bilhões). Já as regiões de Presidente Prudente (R$ 7,4 bilhões), Araçatuba (R$ 7,7 bilhões), Marília (R$ 9,8 bilhões) e Araraquara (R$ 13,6 bilhões) apresentaram os menores faturamentos do varejo no Estado.
Outro ponto que merece destaque, de acordo com a FecomercioSP, é que cada uma das 16 regiões do Estado também conta com uma diversidade de setores, o que pode ser apontado como característica do varejo paulista. Desse modo, as regiões do interior acabam não se tornando dependentes da capital.
Para se ter ideia, se as 16 regiões selecionadas fossem Estados, seriam mais ricas que pelo menos dois Estados brasileiros – e nenhuma delas ficaria em último lugar do ranking nacional.
São Paulo
Desconsiderando o Estado a que pertence, o faturamento do varejo na cidade de São Paulo só é inferior ao do Estado de Minas Gerais. Segundo o estudo revelou, o comércio varejista da capital faturou R$ 160,4 bilhões em 2014, superior ao de 25 Estados brasileiros. A cidade ocupou a primeira posição entre as 16 regiões analisadas, com participação de 31,3% nas vendas do Estado.
O varejo paulistano empregava 776.150 trabalhadores formais, número superior ao de todos os Estados do País. O total de rendimentos pagos pelo comércio foi de R$ 16,4 bilhões – quantia maior do que a soma de 26 restantes. Em relação à remuneração média mensal, o varejo da Capital pagou R$ 1.759,69 aos funcionários – superior a de 27 estados brasileiros e 45,8% maior do que a média nacional, que foi de R$ 1.206,70.
Ranking Estadual
Capital – R$ 160,4 bilhões
Campinas – R$ 50,5 bilhões
Osasco – R$ 48,8 bilhões
Ribeirão Preto – R$ 29,7 bilhões
ABCD – R$ 28,9 bilhões
Jundiaí – R$ 28,8 bilhões
Guarulhos – R$ 27,8 bilhões
Sorocaba – R$ 26,2 bilhões
Taubaté – R$ 23,1 bilhões
Litoral – R$ 17,5 bilhões
São José do Rio Preto – R$ 17 bilhões
Bauru – R$ 15,7 bilhões
Araraquara – R$ 13,6 bilhões
Marília – R$ 9,8 bilhões
Araçatuba – R$ 7,7 bilhões
Presidente Prudente – R$ 7,4 bilhões
Nota Metodológica
O estudo foi feito a partir dos dados da Pesquisa Anual do Comércio (PAC), referente ao ano de 2014, divulgada pelo IBGE. Com base nos dados da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), elaborada mensalmente pela FecomercioSP, calculou-se a participação do varejo de cada uma das dezesseis regiões sobre o total do estado em 2014. Essa proporção foi aplicada sobre o faturamento do comércio varejista paulista apurado pela PAC, possibilitando a comparação entre o faturamento do varejo das regiões paulistas e dos demais estados brasileiros.
Fonte: Economia – iG